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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 852
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DENOSUMABE VERSUS ACIDO ZOLEDRÔNICO NA PREVENÇÃO DOS EVENTOS RELACIONADOS AO ESQUELETO EM PACIENTES COM MIELOMA MÚLTIPLO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
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30
TS Pereira, ALN Gomes, DMSL Silva
Hospital Amaral Carvalho (HAC), Jaú, SP, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

Os eventos relacionados ao esqueleto (EREs) são uma das complicações mais comuns associadas ao mieloma múltiplo. Esses eventos estão relacionadas à destruição óssea, resultando em fraturas patológicas, compressão da medula espinhal, hipercalcemia e dor, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade. A escolha padrão de tratamento é o uso de Bifosfonatos, devido à sua capacidade de inibir a atividade dos osteoclastos, sendo o mais conhecido, o ácido zoledrônico. Estudos recentes identificaram novas drogas que não somente interferem na biologia da destruição óssea, mas também com a sobrevida. O denosumabe é um anticorpo monoclonal humano que atua na via de sinalização RANKL-RANK, levando à supressão da formação, função e sobrevivência de osteoclastos, reduzindo a reabsorção óssea. Essa via está envolvida no desenvolvimento de doenças ósseas em pacientes com mieloma múltiplo, sendo portanto um alvo para tratamento promissor das EREs nessa população.

Objetivos

Discutir os resultados de eficácia e segurança do denosumabe versus ácido zoledrônico na prevenção de eventos relacionados ao esqueleto (EREs) em pacientes com mieloma múltiplo.

Material e métodos

O presente trabalho trata-se de uma revisão integrativa. O trabalho seguiu os preceitos do estudo exploratório, por meio de uma pesquisa bibliográfica. Baseando-se na busca de artigos indexados na seguinte base de dados: PUBMED. Foram aplicados os seguintes descritores: denosumab, multiple myeloma, zoledronic, com o operador booleano “AND”. Sendo selecionados meta-análises, e revisões sistemáticas no idioma inglês, com recorte temporal de janeiro de 2020 até julho de 2025. Os dados obtidos foram selecionados e sistematicamente classificados de acordo com a classificação dos níveis de evidencia. A utilização da estratégia de busca na base de dados resultou em 6 estudos incluídos.

Discussão e conclusão

A presente revisão integrativa evidenciou que os estudos incluídos corroboram com a hipótese de que o Denosumabe apresenta-se como uma escolha promissora na prevenção das EREs em pacientes com mieloma múltiplo. Como destaque, temos que o tempo até a ocorrência do primeiro ERE foi ligeiramente maior com o uso de denosumabe em comparação ao ácido zoledrônico. Um dos estudos notavelmente indicou que o denosumabe proporcionou uma melhora estatisticamente significativa na sobrevida livre de progressão (SLP) em comparação com o ácido zoledrônico, essa vantagem pode estar relacionada a menor toxicidade óssea e melhor controle de remodelação óssea pelo denosumabe. Além disso, o denosumabe foi associado a menor riscos de eventos adversos renais, sendo uma escolha preferencial para pacientes com função renal comprometida, condição comum em pacientes com mieloma múltiplo. Comparado ao ácido zoledrônico, o denosumabe mostrou eficácia não-inferior e, em alguns estudos superior ao ácido zoledrônico na prevenção dos eventos relacionados ao esqueleto em pacientes com mieloma múltiplo. Além de aumentar a SLP e retardar a ocorrência dos EREs, esse agente possui a vantagem adicional de menor toxicidade renal. Portanto, os estudos destacam o potencial do denosumabe como uma alternativa terapêutica eficaz e segura, especialmente em pacientes com mieloma múltiplo, visto que este grupo de pacientes possuem maior vulnerabilidade clínica.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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