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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2451
Acesso de texto completo
CADASTRO NACIONAL DE SANGUE RARO ‒ MINISTÉRIO DA SAÚDE
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23
P Murador, TM Gago, ACP Pasturczak, JV de Carvalho, LL Reis, RA Teixeira, CPR de Sousa, BdJ Simões, LMdB Carlos
Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados, Brasília, DF, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

De acordo com a Sociedade Internacional de Transfusão Sanguínea (ISBT), um tipo sanguíneo é considerado raro quando a frequência do fenótipo na população é inferior a um para cada mil indivíduos (<1:1000). Como a distribuição dos grupos sanguíneos varia entre os diferentes grupos étnicos, um fenótipo considerado raro para uma determinada população pode não ser visto como raro por outras populações. Diante disso, o Ministério da Saúde criou o Cadastro Nacional de Sangue Raro (CNSR), um banco de dados centralizado que conta com informações do quantitativo de doadores raros cadastrados nos hemocentros do país. Atualmente há 8.880 registros.

Objetivos

Permitir a busca rápida e precisa de sangue raro para garantir o atendimento transfusional seguro e agilizado de pacientes aloimunizados.

Material e métodos

O serviço de hemoterapia, ao identificar a necessidade de transfusão de um paciente portador de sangue raro, deve solicitar suporte técnico-laboratorial ao Serviço de Hemoterapia (SH) de referência de seu estado, para confirmação diagnóstica e discussão sobre possíveis alternativas terapêuticas à transfusão. Caso seja confirmada a necessidade, cabe ao SH de referência estadual solicitar formalmente consulta ao CNSR. Para isso, os dois SH devem fornecer informações clínicas e laboratoriais relevantes para o atendimento da demanda. Confirmada a localização de doador(es) registrado(s) no CNSR que apresenta(m) o fenótipo requerido, os SH, nos quais o(s) doador(es) encontra(m)-se cadastrado(s), são contatados para verificar se existe em estoque o Concentrado de Hemácia com Fenótipo Raro (CH-FR) solicitado ou se é necessário o agendamento de doação.

Resultados

No período de 2020 até julho de 2025 foi possível encontrar registro de doadores raros para em média 68% das solicitações recebidas pelo CNSR. Em 2020 foram 35 solicitações com 66% de atendimento; 2021 foram 31 solicitações com 42% de atendimento; 2022 foram 33 solicitações com 70% de atendimento; 2023 formam 36 solicitações com 75% de atendimento; 2024 foram 24 solicitações com 83% de atendimento; 2025 até o mês de julho foram 26 solicitações com 73% de atendimento.

Discussão e conclusão

Considera-se que uma solicitação de busca ao cadastro teve êxito quando foi possível localizar um doador de sangue raro compatível com o fenótipo requerido. O não atendimento à uma solicitação refere-se aos casos em que o contato ocorreu entre os SH, não respeitando o fluxo de consulta ao CNSR, ou quando um doador compatível de fato não foi localizado no país. O aumento da demanda por sangue raro é previsto por diversos países, inclusive pelo Brasil, em decorrência de diferentes eventos, como o aumento dos movimentos migratórios de diferentes populações étnicas pelo mundo e a baixa inserção desses grupos no processo de doação de sangue, o que representa uma chance em potencial para a formação de anticorpos raros, decorrente da incompatibilidade sanguínea doador/receptor. A melhoria na qualificação da assistência médica e a disponibilização de educação para saúde proporcionam melhor resolução de avaliações imuno-hematológicas de casos complexos, com consequente aumento de solicitações de unidades de hemácias raras compatíveis para transfusões.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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