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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 1194
Acesso de texto completo
BIOMARCADORES INFLAMATÓRIOS, DERIVADOS DO HEMOGRAMA, EM MULHERES COM SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICISTICOS
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21
MM Sampaioa, LAP Lopesb, LBM de Andradec, AdS Ferreirad, FF Soares Filhoe, LMA Pereirae, SCM Monteirof
a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), Poços de Caldas, MG, Brasil
b Universidade Ceuma (CEUMA), São Luís, MA, Brasil
c Afya Centro Universitário Uninovafapi (UNINOVAFAPI), Teresina, PI, Brasil
d Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), Parnaíba, PI, Brasil
e Laboratório Gaspar (GASPAR), São Luís, MA, Brasil
f Universidade Federal do Maranhão (UFMA), São Luís, MA, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A síndrome do ovário policístico (SOP) é um dos distúrbios metabólicos endócrinos mais comuns que afetam mulheres em idade fértil. Alguns estudos demonstraram que um aumento nos níveis de marcadores inflamatórios no hemograma completo em pacientes com SOP pode ser um indicador de inflamação subclínica. A relação neutrófilo-linfócito (RNL) tem sido sugerida como um biomarcador potencial para avaliar a resposta inflamatória sistêmica nas mulheres com SOP.

Objetivos

Analisar os biomarcadores inflamatórios sistêmicos relação neutrófilo-linfócito (NLR) e a relação plaqueta-linfócito (PLR) em pacientes com SOP e compará-los com mulheres saudáveis.

Material e métodos

Trata-se de um estudo observacional do tipo caso-controle com 97 mulheres adultas. Uma história clínica e ginecológica detalhada foi obtida de todas as participantes. O diagnóstico de SOP foi feito de acordo com os critérios de Rotterdam. Em condições assépticas, amostras de sangue venoso foram coletadas para a realização do hemograma completo (HC) e o cálculo da NLR e PLR. Os dados foram apresentados em formato numérico com as variáveis testadas quanto à normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk e analisadas pelo teste t de Student para amostras independentes utilizando o programa estatístico SPSS.

Resultados

A amostra foi constituída por 97 mulheres, sendo 60 com SOP (caso) e 37 sem SOP (controle), a média de idade foi de 25,50 ± 5,16 anos no grupo de caso e 28,83 ± 10,32 anos nos grupos controle. A contagem de eritrócitos (milhões/mm3) foi maior no grupo com SOP (4,65 ± 0,38 versus 4,46 ± 0,41), com diferença significativa (p = 0,03). Os níveis de hemoglobina (g/dL) também apresentaram maior média no grupo de SOP (12,99±1,27 versus 12,78±0,95), porém, sem significância estatística (p = 0,35). O hematócrito demonstrou maior valor no grupo com SOP (39,48 ± 3,54 versus 37,44 ± 5,21) com significância estatística (p = 0,04). Porém, as médias da RNL (0,70 ± 0,26 versus 0,69 ± 0,25) e RPL (136,32 ± 50,63 versus 132,67 ± 38,30) não apresentaram diferença estatística entre os grupos.

Discussão e conclusão

No presente estudo não houve associação significativa entre os biomarcadores inflamatórios derivados do hemograma, NLR e PLR, nos casos de SOP em comparação com mulheres da mesma idade no grupo controle. Porém, verificou-se que a contagem de eritrócitos e o hematócrito foram variáveis que se elevaram em mulheres com SOP. Deste modo, sabendo que o excesso de insulina e de testosterona (ambos característicos na SOP) podem exercer vários efeitos na eritropoiese por mecanismos diferentes, mais estudos devem ser realizados para verificar a fisiopatologia da série vermelha na SOP.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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