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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 1728
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AVALIAÇÃO ESTRUTURADA DE CENTROS QUE REALIZAM TRANSPLANTES DE CÉLULAS HEMATOPOÉTICAS VINCULADOS AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO BRASIL: DESAFIOS REGIONAIS E OPORTUNIDADES DE MELHORIA
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AP Castro, CCA De Oliveira, AMT Cordeiro, JUA Filho, NML dos Reis
BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) é uma terapia complexa, ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS), cuja ampliação e qualificação enfrentam desafios significativos, especialmente na padronização de processos e na garantia da qualidade assistencial. Para enfrentar essas lacunas, foi desenvolvido um projeto nacional, no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI- SUS) em conjunto com uma instituição de saúde de São Paulo, com a realização de visitas diagnósticas a centros transplantadores em diferentes regiões do país, com objetivo de identificar fragilidades e pactuar ações de melhoria.

Objetivos

Descrever os principais achados das visitas diagnósticas realizadas em centros de TCTH vinculados ao SUS, com foco em análise de conformidade e diferenças regionais.

Material e métodos

Trata-se de um estudo descritivo que utilizou dados coletados durante visitas entre novembro de 2024 e julho de 2025 em 10 centros de transplante, selecionados pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), distribuídos de forma a garantir representatividade regional do país: 3 na Região Sudeste, 3 na Centro-Oeste, 2 no Nordeste, 1 na Norte e 1 na Sul. As visitas foram conduzidas por uma equipe técnica multiprofissional, composta por representantes da instituição com expertise em TCTH, gestão e qualidade. Durante as visitas, foi utilizado um instrumento estruturado dividido em doze blocos temáticos: gestão e liderança em TCTH, qualidade, segurança do paciente e educação, equipe multidisciplinar, equipe médica, pré-TCTH, unidade de internação, registro de prontuário, áreas de apoio, hemoterapia, terapia celular, doador e pós-TCTH. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas com as equipes locais, análise de documentos e observação direta de processos, fluxos e infraestrutura.

Resultados

Na análise geral, foram identificados: 59% de itens conformes, 12% parcialmente conformes, 9% não conformes e 18% não aplicáveis. Ao estratificar os dados por região, a conformidade média foi de 73% no Centro-Oeste, 56% no Sudeste, 55% no Nordeste, 52% no Sul e 47% no Norte. Nos centros do Sudeste, observou-se maior fragilidade na documentação relacionada à qualidade e segurança. Já nas regiões Norte e Nordeste, predominaram não conformidades em processos assistenciais, como dificuldade de acesso a especialistas, estrutura física inadequada e ausência de equipe multiprofissional completa.

Discussão e conclusão

Sugere-se que os centros apresentam disparidades entre si, tanto em relação à estrutura física quanto aos processos assistenciais e à formalização de rotinas. As diferenças regionais revelam a necessidade de estratégias específicas para qualificação dos centros, com foco em padronização de protocolos, fortalecimento das equipes e melhoria das condições institucionais. Os dados reforçam a importância de ações estruturadas de apoio técnico para garantir maior equidade e segurança no TCTH realizado pelo SUS.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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