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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 2273
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AVALIAÇÃO DO NÚMERO DE RESERVA DE CONCENTRADO DE HEMÁCIAS PARA CIRURGIAS EM UM HOSPITAL ESPECIALIZADO EM TRAUMA
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EPd Silveira, MM de Oliveira Rodrigues, AkS Frohlich da Silva, MF Wohlenberg, MS Fernandes
GHC, Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O número excessivo de reservas de concentrado de hemácias (CH) para cirurgiassemi- eletivas no trauma e a não utilização dos hemocomponentes reservados geraaumento de custos para a instituição. Avaliar quais cirurgiasem que os hemocomponentes são utilizados, bem como o número de CH transfundidos é essencial para aperfeiçoar os recursos disponíveis na hemoterapia. A estimativa do uso de hemocomponentes, MaximumSurgicalBloodOrder Schedule (MSBOS)é uma ferramenta importante para dimensionar as cirurgias necessitam de reserva de CH.

Objetivos

Avaliar o número de unidades transfundidas a partir do número de reservas cirúrgicas realizados no período de novembro de 2024 a março de 2025, bem como otimizar o protocolo de reservas cirúrgicas de um hospital especializado no atendimento a vítimas de trauma, Hospital Cristo Redentor (HCR), em Porto Alegre, RS.

Material e métodos

Foram analisados dados referentes ao número de reservas cirúrgicas realizadas no período de novembro de 2024 a março de 2025. Os parâmetros avaliados foram: cirurgia, número de CH reservados, número de unidades utilizadas no transoperatório e/ou na sala de recuperação e número de unidades transfundidas em cada cirurgia.O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Grupo Hospitalar Conceição n° 7.243.233. O cálculo da estimativa de CH reservadas foi realizado de duas formas, a primeira considerando para cada cirurgiao número de unidades transfundidas divido pelo número de pacientes com a reserva cirúrgica (MSBOS1) e a segunda considerandoo número de CH transfundidos pelo número de pacientes transfundidos (MSBOS2).

Resultados

Foram realizadas reservas 1.248 unidades de CH para 624 pacientes em 79 cirurgias. Foram transfundidas 110 unidades em 76 pacientes.As cirurgias de queimados foram as que mais transfundiram no transoperatório e na sala de recuperação apresentando uma média de transfusão de 1,5 unidades por paciente,com MSBOS2=2. Entretanto, com relação a cirurgia de fratura trocantérica, com reservaspara 86 pacientes, apenas 6necessitaram de transfusão de CH, com indicativos de reserva diferentes considerando todas as reservas para a cirurgia (MSBOS1=tipagem e pesquisa de anticorpos) ou apenas os transfundidos (MSBOS2=1). A mesma diferença é observada para microcirurgia de tumor intracraniano, MSBOS1 = tipagem e pesquisa de anticorpos e MSBOS2 = 1.

Discussão

O cálculo para estimar o número máximo de reservas de CH para cirurgias é uma ferramenta que auxilia na manutenção dos recursos da hemoterapia, bem como contribui para agilidade no atendimento de pacientes com sangramento no transoperatório de forma rápida e segura. A análise retrospectiva do número de unidades transfundidas no HCR possibilitou a revisão do número de CH reservados para cada tipo cirúrgico, bem como a exclusão da reserva para casos em que não foram utilizadas transfusões, como as cirurgias deartrodese cervical. Algumas cirurgias foram realizadas em apenas um ou dois pacientes, desta forma, o cálculo do MSBOS não pode ser considerado para estes tipos cirúrgicos por apresentar viés.

Conclusão

A validação da reserva de CH para cirurgias no trauma deve ser realizada considerando a utilização histórica da transfusão, os parâmetros recomendados internacionalmente, bem como em consenso com as especialidades responsáveis pelas cirurgias. Assim se desenvolve um protocolo que seja específico para a realidade do serviço, sempre priorizando a segurança transfusional e a relação custo- benefício.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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