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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2855
Acesso de texto completo
ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA HEMOTERAPIA: PERSPECTIVAS ASSISTENCIAIS E GERENCIAIS
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TOR Brito, AKSL Lucas, GC Leite, CRPd Silva, ERRdO Albuquerque, JS Braga, FLS Rabelo, MIAd Oliveira, LEM Carvalho, FLN Benevides, MGdB Fernandes
Centro de Hematologia e Hemoterapiado Ceará (HEMOCE), Fortaleza, CE, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

De acordo com o Ministério da Saúde, o processo transfusional de sangue e hemocomponentes configura-se como uma atividade técnico-assistencial de elevada complexidade e abrangência, demandando rigorosos padrões de qualidade e segurança. Tal procedimento envolve múltiplas etapas críticas, desde a captação e processamento até a administração ao receptor, sendo imprescindível que os profissionais atuantes possuam qualificação técnico-científica adequada, a fim de minimizar a ocorrência de eventos adversos imediatos ou tardios, potencialmente relacionados à transfusão. No contexto regulatório brasileiro, a Resolução n° 306/2006 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) estabelece as competências e atribuições do enfermeiro na hemoterapia, atribuindo-lhe responsabilidades de planejamento, execução, coordenação, supervisão e avaliação dos procedimentos transfusionais nas unidades de saúde. Complementarmente, a Resolução n° 0629/2020, posteriormente revogada e substituída pela Resolução n° 709/2022, define diretrizes para a atuação de enfermeiros e técnicos de enfermagem em hemoterapia, reforçando a obrigatoriedade de práticas alinhadas à segurança transfusional.

Objetivos

Descrever e analisar, sob a perspectiva da prática profissional, a atuação da enfermagem no processo de hemotransfusão, ampliando o conhecimento técnico e científico da área, bem como promovendo melhorias na assistência e segurança do paciente.

Material e métodos

Trata-se de um estudo observacional, descritivo e reflexivo, fundamentado no relato de experiência profissional de uma enfermeira atuante no ambulatório de transfusão de um Centro de Hematologia e Hemoterapia localizado no Estado do Ceará.

Resultados

A atuação da enfermagem na hemotransfusão abrange não apenas a execução de cuidados diretos ao paciente, mas também a gestão e coordenação de variáveis críticas do processo assistencial. O desenvolvimento de competências gerenciais é essencial para a integração eficiente com o ambiente organizacional, garantindo a qualidade do cuidado. Dada a complexidade intrínseca ao procedimento, o planejamento deve seguir protocolos e diretrizes padronizadas, visando à mitigação de riscos e à manutenção da segurança transfusional. Entre as práticas de segurança, destaca-se a checagem criteriosa da identificação do paciente por, no mínimo, dois identificadores ‒ nome completo, nome materno e data de nascimento. Ademais, a monitorização de sinais vitais é realizada antes do início da transfusão, aos 15 minutos do procedimento e ao seu término, permitindo a detecção precoce de reações adversas.

Discussão e conclusão

A execução de práticas transfusionais seguras, eficazes e tecnicamente adequadas constitui requisito essencial para a qualidade do atendimento aos pacientes que dependem dessa terapêutica como parte integrante de seu tratamento. Por tratar-se de um procedimento de elevada complexidade, requer dos profissionais, especialmente dos enfermeiros ‒ presentes em praticamente todas as etapas ‒ sólido embasamento científico e domínio técnico. Torna-se, portanto, imprescindível a implementação de estratégias contínuas de capacitação e suporte às equipes de enfermagem, assegurando que todas as etapas do processo transfusional sejam conduzidas de forma segura, padronizada e centrada no paciente, contribuindo para a redução de riscos e para a melhoria dos desfechos clínicos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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