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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 2111
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ASSOCIAÇÃO ENTRE HIPERFERRITINEMIA SEM SOBRECARGA DE FERRO E A PREVALÊNCIA DE COMORBIDADES EM PACIENTES DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
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NNP da Silva, TN Pareja, MMD Moura, SCSV Tanaka, FB de Vito, ACDM Carneiro, H Moraes-Souza
Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A ferritina é uma proteína encontrada em todas as células do organismo cuja principal função é estocar ferro, porém, é também uma proteína de fase aguda. Logo, quando em níveis elevados, pode sugerir sobrecarga de ferro, inflamação, doença hepática, neoplasias, dentre outras. Quando se trata de hiperferritinemia sem sobrecarga de ferro, sabe-se que, atualmente há uma precariedade na abordagem investigativa das etiologias de hiperferritinemia e não há um consenso na literatura acerca de um protocolo para seguimento e investigação dessa condição clínica adequado a países em desenvolvimento.

Objetivo

Identificar as comorbidades mais prevalentes causadoras de hiperferritinemia sem sobrecarga de ferro em pacientes encaminhados ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC/UFTM).

Material e método

Trata-se de um estudo primário, observacional e retrospectivo realizado a partir da avaliação de dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais de prontuários de pacientes encaminhados ao Ambulatório de Hematologia do HC/UFTM para investigação de hiperferritinemia entre janeiro de 2018 e dezembro de 2022. Os dados coletados foram dispostos em planilhas utilizando o Microsoft Excel e os dados foram analisados o software IBM SPSS® 24.0.

Resultados

Foram avaliados os prontuários de 159 pacientes, 106 desses classificados como hiperferritinemia sem sobrecarga de ferro, dos quais 77 eram homens e 29 mulheres. Quando avaliadas as comorbidades, 4% dos pacientes apresentavam alguma neoplasia, 15% hepatopatia, 5% alguma doença autoimune, 8% tinham síndrome metabólica prévia, 33% apresentavam diabetes mellitus tipo 2 (DM2), 14% obesidade e 56% hipertensão arterial sistêmica (HAS).

Discussão

Alterações da ferritina estão intimamente ligadas às comorbidades relatadas, principalmente DM2 e HAS. A maioria dos pacientes avaliados no presente estudo é composta de homens, o que pode ser explicado pela conhecida maior negligência masculina em relação aos cuidados de saúde, o que aumenta a gravidade das comorbidades e, consequentemente, gera aumento da ferritina. Quando avaliadas as comorbidades estudadas, observa-se uma íntima correlação entre o DM2 e a hiperferritinemia já que o aumento sérico de ferritina pode atuar tanto na patogênese do DM2, devido a processos oxidativos que diminuem a sensibilidade das células à insulina, quanto ser causa do descontrole da hiperferritinemia Além disso, quando se avalia a HAS a maior parte dos pacientes estudados apresenta essa comorbidade o que pode também estar relacionado ao estresse oxidativo, sugerindo sua correlação com a hiperferritinemia.

Conclusão

Os achados desse estudo confirmam a relação entre a presença de comorbidades e a hiperferritinemia sem sobrecarga de ferro, principalmente a HAS e o DM2.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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