HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
Mais dadosA anemia é uma complicação frequente da Doença Renal Crônica (DRC), associada ao aumento da morbimortalidade, piora da qualidade de vida e progressão da insuficiência renal. Sua é multifatorial, envolvendo deficiência de Eritropoietina (EPO), ferropenia e inflamação crônica. A identificação precoce e o tratamento adequado são essenciais para reduzir complicações. Este estudo visa avaliar os principais aspectos da anemia na DRC, abordando diagnóstico, impacto clínico e estratégias terapêuticas.
ObjetivosRevisar os mecanismos fisiopatológicos, critérios diagnósticos e abordagens terapêuticas da anemia na DRC, com ênfase nos impactos clínicos e manejo adequado.
Material e métodosTrata-se de uma revisão baseada em literatura científica e protocolos clínicos sobre a anemia na DRC. Foram avaliadas publicações que abordam a epidemiologia, diagnóstico laboratorial e tratamento, incluindo suplementação de ferro, uso de AEE e transfusão sanguínea. A análise considerou critérios de hemoglobina < 13 g/dL em homens e < 12 g/dL em mulheres, além dos valores de ferritina e saturação de transferrina para diagnóstico da deficiência de ferro.
Discussão e conclusãoA anemia na DRC apresenta alta prevalência, especialmente em pacientes com Taxa de Fltração Glomerular (TFG) < 30 mL/min/1,73m2. A redução da produção de EPO e a deficiência de ferro são os principais fatores etiológicos. O diagnóstico precoce por meio da monitorização da hemoglobina e do metabolismo do ferro permite a instituição de terapias adequadas. O tratamento inclui suplementação de ferro oral ou intravenoso, uso de AEE e, em casos selecionados, transfusões sanguíneas. Manter a hemoglobina entre 10‒12 g/dL reduz o risco de eventos adversos e melhora a qualidade de vida dos pacientes. A anemia na DRC contribui para a progressão da doença e aumento da mortalidade. A identificação precoce e o manejo adequado são fundamentais para reduzir complicações e melhorar a sobrevida dos pacientes. O tratamento individualizado, com reposição de ferro e uso criterioso de AEE, é essencial para evitar complicações cardiovasculares e otimizar a resposta terapêutica. A continuidade dos estudos e revisões periódicas das diretrizes são necessárias para aprimorar o manejo clínico da anemia na DRC.
Referências:
- 1.
Weiss G, Ganz T, Goodnough LT. Anemia of inflammation. Blood, [S.l.], v. 133, n. 1, p. 40–50, 3 jan. 2019.
- 2.
Antunes de Mattos B, et al. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: metodologia de busca e avaliação da literatura. [S.l.]: Ministério da Saúde, 2014.
- 3.
CONITEC. Relatório de Recomendação: anemia por deficiência de ferro. [S.l.]: Ministério da Saúde, 2023.
- 4.
Portolés J, et al. Anemia in Chronic Kidney Disease: from pathophysiology and current treatments to future agents. Frontiers in Medicine, [S.l.], v. 8, p. 1–14, 26 mar. 2021.
- 5.
CONITEC. Relatório de Recomendação: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da anemia na doença renal crônica. [S.l.]: Ministério da Saúde, 2023.
- 6.
Tsukamoto T, et al. Annual Iron Loss Associated with Hemodialysis. American Journal of Nephrology, [S.l.], v. 43, n. 1, p. 32–38, 2016.
- 7.
NICE. Chronic kidney disease: assessment and management. Guidance: NG203. [S.l.]: National Institute for Health and Care Excellence, 2021.




