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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2409
Acesso de texto completo
ANÁLISE IN-VITRO DO PERFIL ANTI-HEMOSTÁTICO E TOXICOLÓGICO DE NOVOS DERIVADOS PIRAZOLO-PIRIDINA COM POTENCIAL TERAPÊUTICO PARA DISTÚRBIOS TROMBÓTICOS
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PS Rodriguesa, ARSdP Gonçalvesa, FF de Azevedob, LRS Diasb, PC Sathlera
a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

Os distúrbios trombóticos arteriais são uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo e envolvem a perda do equilíbrio hemostático. O tratamento desses quadros patológicos baseia-se na utilização de fármacos inibidores da agregação plaquetária, como o Ácido Acetilsalicílico (AAS). No entanto, devido às limitações farmacocinéticas e farmacodinâmicas, reações adversas graves podem ocorrer em pacientes que utilizam tais medicamentos. Dessa forma, evidencia-se a necessidade de identificar e desenvolver novos compostos capazes de auxiliar na determinação de terapias antitrombóticas alternativas com menor risco e maior eficácia. Em estudos prévios, nosso grupo caracterizou o potencial anti- hemostático de derivados pirazolo-piridina os quais foram capazes de inibir a agregação plaquetária in vitro induzida por Ácido Araquidônico (AA), com resultados promissores. Nesta perspectiva, uma nova série destes compostos foi sintetizada visando o desenvolvimento de protótipos com potencial antitrombótico.

Objetivos

O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade anti-hemostática e o perfil toxicológico de novos derivados pirazolo-piridina, a fim de estabelecer alternativas terapêuticas para distúrbios trombóticos.

Material e métodos

O perfil anti- hemostático dos derivados sintéticos foi avaliado através de ensaios de agregação plaquetária com os indutores Ácido Araquidônico (AA), Adenosina Difosfato (ADP), Colágeno (COL) e Epinefrina (EPI), além de testes de coagulação sanguínea como os testes de Tempo de Protrombina (TP), tempo de Tromboplastina Parcial (TTPa) e Tempo de Trombina (TT). Já o perfil toxicológico foi avaliado pelo ensaio de hemólise e viabilidade plaquetária através da quantificação da enzima Lactato Desidrogenase (LDH). O sangue utilizado nos ensaios in vitro foi obtido de doadores saudáveis e os protocolos amparados pelo comitê de ética humano.

Resultados

Em relação aos resultados obtidos na análise de agregação plaquetária in vitro, foi observado um perfil inibitório relevante para a via do AA, com destaque para os derivados LQMED 514 (91,2 ± 1,41%) e LQMED 516 (81,2 ± 0,62%), com valores melhores ou semelhantes ao AAS (90,0 ± 0,60%). A análise do IC50 indicou que o derivado LQMED 516 apresentou maior potência (32,5 ± 2,0 µM), sendo estaticamente superior ao AAS (40,2 ± 3,0 µM). Na via do colágeno, o derivado LQMED 516 promoveu inibição da agregação plaquetária de 63,30 ± 8,11% e na via da epinefrina, o derivado LQMED 512 apresentou inibição de 64,90±6,70%. Não foi observada atividade inibitória nos testes com ADP. Nos testes de coagulação, não houve interferência na via extrínseca, intrínseca ou comum, avaliadas pelos testes de TP, TTPa e TT, respectivamente. A avaliação da hemólise e LDH apontaram que os derivados são hemocompatíveis, uma vez que eles expressaram baixos índices de lise celular.

Discussão e Conclusão

Dessa forma, os estudos com os derivados pirazolo-piridina indicam potente atividade antiagregante plaquetária e um perfil hemocompatível, o que torna possível a prospecção e o desenvolvimento de novas terapias para distúrbios trombóticos. (CAAE: 80746224.2.0000.5257) Apoio financeiro: CAPES, CNPq, FAPERJ e UFRJ.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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