Compartilhar
Informação da revista
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 3201
Acesso de texto completo
ANÁLISE DO PERFIL DOS ALOANTICORPOS EM GESTANTES ATENDIDAS NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU (HCFMB)
Visitas
14
CM de Souza, RCM Francisco, JRBM Celestino, SM Picelli, AB Castro, CL Miranda, PCG Bonichini
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

Mais dados
Introdução

A Doença Hemolítica do Feto e do Recém Nascido (DHFRN) é uma condição grave caracterizada pela destruição das hemácias fetais por meio de anticorpos IgG produzidos pelo sistema imune da mãe durante a gestação e em resposta a antígenos eritrocitários fetais. Uma vez produzidos, esses aloanticorpos atravessam a barreira placentária e atacam as hemácias do feto, provocando hemólise, que resulta em anemia fetal.

Objetivos

Analisar o perfil dos aloanticorpos em gestantes atendidas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB).

Material e métodos

Foi realizado um estudo transversal retrospectivo das gestantes atendidas pelo Laboratório de Imuno-hematologia do Hemocentro do HCFMB. Foram avaliados os registros dos exames de Pesquisa de Anticorpos Irregulares (PAI) positivos e sua respectiva Identificação de Anticorpos Irregulares (IAI), no período de 01 de janeiro de 2023 a 30 de abril de 2025.

Discussão e conclusão

No período, foram registrados 124 PAI de gestantes positivos, destas 71 (57%) apresentaram PAI positiva devido a administração da imunoglobulina anti-Rh (D), 8 (7%) apresentaram anticorpos irregulares naturais anti-M e 3 (2%) anti-Lea. Já 42 (34%) gestantes apresentaram PAI positiva devido a aloimunização. Os aloanticorpos identificados foram: anti-D (38%), anti-E (19%), anti-C (14%), anti-K (11%), anti-c (4%), anti-Dia (4%), anti-Fya (4%) anti-S (2%), anti-M (2%) e anti-Jka (2%). Durante o período analisado neste estudo, o anticorpo de maior frequência ainda foi o anti-D apesar de existir a sua prevenção através da imunoglobulina, seguido do anticorpo anti-E. Observamos que mais da metade das gestantes aloimunizadas com anti-D tinham histórico de aborto e de múltiplas gestações (de 3 a 6 gestações). A avaliação do perfil de aloimunização nas gestantes é um pilar da assistência pré-natal de qualidade, pois permite a detecção precoce de riscos que esses anticorpos trazem em relação a DHFRN, além de possibilitar a intervenção em tempo hábil para proteger o feto e a aplicação de medidas preventivas para mitigar as complicações graves.

O texto completo está disponível em PDF
Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas