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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 682
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ANÁLISE DE SOBREVIDA E FATORES PROGNÓSTICOS EM PACIENTES COM LINFOMA DE CÉLULAS DO MANTO EM UM CENTRO TERCIÁRIO DO SUS
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R Bignia, L Vallea, LB Lucenab, E Penaa
a Instituto Nacional de Câncer (INCA), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b ONCOMED, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O Linfoma de Células do Manto (LCM) é uma neoplasia agressiva com prognóstico heterogêneo. Este estudo analisa os desfechos clínicos de pacientes tratados no SUS, excluindo aqueles que utilizaram inibidores de BTK, para refletir a realidade terapêutica local.

Objetivos

Avaliar a sobrevida global (OS) e identificar fatores prognósticos em 90 pacientes com LCM tratados entre 2010 e 2024, sem acesso a terapias-alvo.

Material e métodos

Estudo retrospectivo de 90 pacientes. Análises de sobrevida (Kaplan-Meier) e regressão de Cox foram utilizadas para avaliar fatores associados a óbito e OS. Variáveis incluíram idade, estadiamento, Ki-67, infiltração de medula óssea e transplante autólogo.

Resultados

A mediana de idade foi 64 anos (32-94), com predomínio masculino (68%). Doença em estágio IV foi observada em 74% dos casos. O esquema R-CHOP foi a primeira linha em 74% dos pacientes. A OS mediana foi de 36 meses (IC95%: 28-48), com sobrevida significativamente maior nos transplantados (60 vs. 28 meses; p < 0,001). Na análise multivariada, idade ≥65 anos (HR = 1,82; p = 0,011), estágio IV (HR = 2,05; p = 0,001), Ki-67 ≥30% (HR = 1,75; p = 0,015), recaída (HR = 3,42; p < 0,001) e ausência de transplante (HR = 2,61; p < 0,001) foram fatores independentes de pior prognóstico. A taxa de recaída foi de 53%, com sobrevida pós-recaída de 15 meses.

Discussão e conclusão

A coorte apresentou maior proporção de doença avançada e menor sobrevida comparada a estudos internacionais, refletindo diagnóstico tardio e limitações terapêuticas. O benefício do transplante autólogo foi consistente, porém apenas 22% dos pacientes elegíveis foram transplantados. Os resultados destacam a necessidade de estratégias para diagnóstico precoce e ampliação do acesso ao transplante autólogo no SUS. Fatores como idade, estágio IV, Ki-67 alto e recaída devem guiar a estratificação de risco e abordagem terapêutica.

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Referências:

  • 1.

    Eyre TA, Bishton MJ, McCulloch R, O'Reilly M, Sanderson R, Menon G, et al. Diagnosis and management of mantle cell lymphoma: A British Society for Haematology Guideline. Br J Haematol. 2024;204(1):108-26. doi:10.1111/bjh.19131.

  • 2.

    Ip A, Della Pia A, Goy AH. SOHO state of the art updates and next questions: treatment evolution of mantle cell lymphoma: navigating the different entities and biological heterogeneity of mantle cell lymphoma in 2024. Clin Lymphoma Myeloma Leuk. 2024;24(8):491-505. doi:10.1016/j.clml.2024.02.010.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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