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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 3153
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ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES DO NEOPLASIAS MALIGNAS DO TECIDO LINFÓIDE HEMATOPOIÉTICO NO BRASIL: PERFIL E VALORES DOS ÚLTIMOS 10 ANOS
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MY de Castroa, MS Gonçalvesa, MZ Viannaa, E Capovillaa, LF Proençaa, RN Ruschela, BS Cimirroa, ABF de Oliveiraa, JWdO Romanovb
a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Porto Alegre, RS, Brasil
b Hospital São Lucas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

As neoplasias malignas do tecido linfóide hematopoiético, como mieloma múltiplo, histiocitose maligna, tumor maligno de mastócitos, entre outras, impactam milhares de brasileiros anualmente. Este estudo busca analisar o impacto e a ocorrência dessas doenças no Brasil nos últimos 10 anos.

Objetivos

Analisar o perfil epidemiológico das internações e seus impactos financeiros por outras neoplasias malignas do tecido linfóide, hematopoiético e correlatos nas regiões do Brasil no período de janeiro de 2015 a janeiro de 2025.

Material e métodos

Foi realizado um estudo de natureza descritiva, retrospectiva e quantitativa, utilizando dados secundários provenientes do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), administrado pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS). O estudo abrangeu informações relativas às internações de pacientes entre 50-79 anos com outras neoplasias malignas do tecido linfóide hematopoiético.

Discussão e conclusão

Durante os últimos 10 anos, foram quantificadas 62.946 internações por outras neoplasias malignas do tecido linfóide hematopoiético. Ao examinarmos as diferentes regiões brasileiras, a Sudeste registrou o maior número de casos, 53,37% (n = 33.599), seguida pela região Nordeste, 20,19% (n = 12.711), pela Sul, 17,04% (n = 10.726), pela Centro-Oeste, 6,83% (n = 4.301) e pela Norte, 2,55% (n = 1.609). Quanto à faixa etária, a mais acometida foi pacientes entre 60 e 69 anos, 43,1% (n = 27.136), também sendo a faixa etária com a maior quantidade de óbitos, 40,85% (n = 2.865). Considerando o sexo, o masculino apresentou 53,17% (n = 33.470), enquanto feminino representou 46,82% (n = 29.476). Quanto à média de permanência hospitalar, a média nacional foi de 9,1 dias, sendo as regiões Norte e Nordeste acima da média nacional, 10,2 e 9,5 dias, respectivamente. Quanto ao valor total das internações, o país gastou 226.205.670 reais, sendo a região Sudeste responsável por 56,01%(126.710.652 reais) dos custos. Referente ao desfecho do quadro, 11,14%(n = 7.013) evoluíram para o óbito, sendo a região Sudeste com o maior número com 52,98%(n = 3.716), e a raça branca com o maior número de óbitos 48,33%(n = 3.390), seguida pela raça parda 43,1%(n = 3.023). Na última década, as neoplasias malignas do tecido linfóide e hematopoiético ficaram concentradas na região Sudeste, com maior número de casos em paciente entre 60 a 69 anos e com discreto predomínio do sexo masculino. Além disso, a mortalidade teve um impacto em pacientes da raça branca, como também teve um elevado custo, principalmente na região Sudeste. Assim, esses resultados evidenciam a necessidade de detecção precoce dessas patologias, com o intuito de reduzir a mortalidade e os custos no Brasil.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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