HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
Mais dadosAs neoplasias malignas do tecido linfóide hematopoiético, como mieloma múltiplo, histiocitose maligna, tumor maligno de mastócitos, entre outras, impactam milhares de brasileiros anualmente. Este estudo busca analisar o impacto e a ocorrência dessas doenças no Brasil nos últimos 10 anos.
ObjetivosAnalisar o perfil epidemiológico das internações e seus impactos financeiros por outras neoplasias malignas do tecido linfóide, hematopoiético e correlatos nas regiões do Brasil no período de janeiro de 2015 a janeiro de 2025.
Material e métodosFoi realizado um estudo de natureza descritiva, retrospectiva e quantitativa, utilizando dados secundários provenientes do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), administrado pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS). O estudo abrangeu informações relativas às internações de pacientes entre 50-79 anos com outras neoplasias malignas do tecido linfóide hematopoiético.
Discussão e conclusãoDurante os últimos 10 anos, foram quantificadas 62.946 internações por outras neoplasias malignas do tecido linfóide hematopoiético. Ao examinarmos as diferentes regiões brasileiras, a Sudeste registrou o maior número de casos, 53,37% (n = 33.599), seguida pela região Nordeste, 20,19% (n = 12.711), pela Sul, 17,04% (n = 10.726), pela Centro-Oeste, 6,83% (n = 4.301) e pela Norte, 2,55% (n = 1.609). Quanto à faixa etária, a mais acometida foi pacientes entre 60 e 69 anos, 43,1% (n = 27.136), também sendo a faixa etária com a maior quantidade de óbitos, 40,85% (n = 2.865). Considerando o sexo, o masculino apresentou 53,17% (n = 33.470), enquanto feminino representou 46,82% (n = 29.476). Quanto à média de permanência hospitalar, a média nacional foi de 9,1 dias, sendo as regiões Norte e Nordeste acima da média nacional, 10,2 e 9,5 dias, respectivamente. Quanto ao valor total das internações, o país gastou 226.205.670 reais, sendo a região Sudeste responsável por 56,01%(126.710.652 reais) dos custos. Referente ao desfecho do quadro, 11,14%(n = 7.013) evoluíram para o óbito, sendo a região Sudeste com o maior número com 52,98%(n = 3.716), e a raça branca com o maior número de óbitos 48,33%(n = 3.390), seguida pela raça parda 43,1%(n = 3.023). Na última década, as neoplasias malignas do tecido linfóide e hematopoiético ficaram concentradas na região Sudeste, com maior número de casos em paciente entre 60 a 69 anos e com discreto predomínio do sexo masculino. Além disso, a mortalidade teve um impacto em pacientes da raça branca, como também teve um elevado custo, principalmente na região Sudeste. Assim, esses resultados evidenciam a necessidade de detecção precoce dessas patologias, com o intuito de reduzir a mortalidade e os custos no Brasil.




