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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2425
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ANÁLISE DA TAXA DE DOADORES INAPTOS CLÍNICOS TEMPORÁRIOS NA FUNDAÇÃO HEMOMINAS DE 2018 A 2024
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SVM Galvao, ML Martins, KCD Lacerda, MCFDS Malta, EADS Duarte, BPDS Vieira
Fundação HEMOMINAS, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

Mais de cem milhões de unidades de sangue são doadas anualmente em todo o mundo. Considerando a relevância dos doadores para a manutenção de um banco de sangue ativo, a possibilidade de um doador não estar apto para doar, no momento do comparecimento em um Hemocentro, sempre deve ser considerada. Doadores temporariamente inaptos são aqueles cuja doação é adiada por um intervalo que pode se estender de dias a meses e, decorrido o período pré- definido, o voluntário pode retornar e se candidatar à nova doação.

Objetivos

Os objetivos deste estudo são: 1. Verificar o percentual de inaptidão clínica temporária de doadores de sangue nos hemocentros da Rede Hemominas de 2018 a 2024; 2. Analisar os motivos de inaptidão clínica temporária nesses doadores.

Material e métodos

Estudo transversal e retrospectivo da análise de dados sobre a inaptidão clínica e os principais motivos de inaptidão em doadores de sangue novatos (de 1ª vez) e experientes (esporádicos e de repetição). Dados sobre o percentual de doadores inaptos clínicos temporários, nos anos de 2018 a 2024, foram obtidos do Sistema Sofis BI, que gerencia as informações advindas do Sistema Hemote Plus, utilizado pelo Serviço de Triagem Clínica, nas unidades da Hemominas.

Resultados

A média de inaptidões clínicas temporárias na Hemominas foi de 15% nos últimos 7 anos. Houve uma leve tendência de queda da taxa de inaptidões clínicas temporárias na Hemominas ao longo desses anos. Houve grande variação da taxa de inaptidões clínicas temporárias entre as unidades, variando em média de 10 a 20%. Mulheres têm significativamente mais inaptidão clínica temporária do que homens. As taxas de inaptidões clínicas temporárias não têm relação com o n° de comparecimentos das unidades. As inaptidões clínicas temporárias foram mais frequentes em doadores de primeira vez (média de 43,6%) do que em doadores esporádicos (média de 31,6%) e de repetição (média de 24,8%). Com relação aos motivos de inaptidão temporária nos sete anos analisados, as principais causas no conjunto dos doadores do sexo masculino e feminino foram, respectivamente: 1°- 54,5% e 35,6% com condicionantes de risco para ITT (infecções transmitidas por transfusão), que incluem situações de risco acrescido para aquisição de doenças transmissíveis pelo sangue e viagens para regiões endêmicas; 2°- 24,5% e 35,4% por saúde comprometida do doador, que incluem doenças de base e variações de hematócrito e hemoglobina fora dos parâmentros instituídos e; 3°- 9,5% e 13% por comprometimento da qualidade do sangue, que incluem uso de medicamentos e vacinação. No entanto, na comparação de doadores de 1ª vez e experientes, saúde comprometida do doador passa a ter mais importância.

Discussão e conclusão

Até o momento, os resultados nos permitiram avaliar como a taxa de inaptidão clínica temporária varia entre as unidades e a sua flutuação ao longo dos anos, bem como entender quais as causas atuais mais frequentes de inaptidão clínica temporária e o perfil destes doadores, o que pode auxiliar no fomento de estratégias de retenção desse público alvo, na Fundação Hemominas.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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