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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
CONTROLE DE QUALIDADE DE HEMOCOMPONENTESID – 1567
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ANÁLISE DA CONCENTRAÇÃO DE FIBRINOGÊNIO EM CRIOPRECIPITADO: CONFORMIDADE COM A LEGISLAÇÃO VIGENTE EM UM SERVIÇO HEMOTERÁPICO EM CURITIBA
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G Bodanesea, AC dos Santos Maiab, CC Bernardib, PT Rodrigues de Almeidab
a Instituto Pasquini, Curitiba, PR, Brasil;
b Hemobanco, Curitiba, PR, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O crioprecipitado é um hemocomponente derivado do plasma fresco congelado, rico em proteínas essenciais para a coagulação, como o fibrinogênio, o fator VIII, o fator XIII e o fator de von Willebrand. É amplamente utilizado no manejo de distúrbios hemorrágicos, sendo indicado em casos de hipofibrinogenemia, afibrinogenemia congênita e coagulopatias associadas a sangramentos graves. Para garantir seu efeito terapêutico, é fundamental que o crioprecipitado atenda aos critérios de qualidade estabelecidos pela legislação vigente, especialmente no que se refere à concentração mínima de fibrinogênio por unidade. A avaliação rotineira desses parâmetros assegura a eficácia clínica do hemocomponente e a segurança transfusional.

Objetivos

Avaliar a concentração de fibrinogênio em unidades de crioprecipitado produzidas por um serviço hemoterápico e verificar sua conformidade com os padrões estabelecidos pela legislação vigente.

Material e métodos

Estudo observacional, retrospectivo, realizado entre agosto de 2024 e julho de 2025. Foram analisadas as concentrações de fibrinogênio em unidades de crioprecipitado produzidas e liberadas por um serviço hemoterápico localizado em Curitiba (PR). Os dados foram compilados e avaliados estatisticamente quanto à média, mediana e desvio padrão, com base nos critérios mínimos exigidos pela RDC n° 34/2014 da ANVISA e pela Portaria de Consolidação n° 5/2017 do Ministério da Saúde, que estipulam concentração mínima de 150 mg/unidade.

Resultados

Foram analisadas 60 unidades de crioprecipitado. A média da concentração de fibrinogênio foi de 320,07 mg/unidade, com mediana de 313,29 mg/unidade e desvio padrão de 93,40 mg. Todos os valores observados superaram o limite mínimo de 150 mg/unidade exigido pelas normas vigentes. A proximidade entre média e mediana sugere uma distribuição simétrica dos dados. Apesar do desvio padrão elevado, indicando variabilidade entre as unidades, nenhum resultado comprometeu a conformidade com os critérios regulatórios.

Discussão e conclusão

Os resultados confirmam a conformidade das unidades analisadas com os padrões de qualidade estabelecidos pela legislação vigente. A variabilidade observada é esperada em amostras biológicas e pode estar relacionada a fatores como a variação fisiológica entre os doadores e o desempenho dos processos de produção. A inexistência de valores abaixo do mínimo exigido indica que a variabilidade não afetou a eficácia terapêutica do hemocomponente e ressaltam a qualidade dos hemocomponentes produzidos no serviço hemoterápico avaliado. Esses dados reforçam a importância da padronização dos processos produtivos, do controle rigoroso de qualidade e da capacitação contínua das equipes envolvidas na produção de hemocomponentes. As unidades de crioprecipitado produzidas pelo serviço hemoterápico analisado apresentaram concentrações de fibrinogênio compatíveis com a legislação vigente, demonstrando eficácia do controle de qualidade adotado a partir de processos padronizados e bem monitorados. Mesmo diante da variabilidade inerente a produtos biológicos, os resultados confirmam a segurança transfusional e a adequação terapêutica do hemocomponente.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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