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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 2962
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UTILIZAÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL EM PACIENTES PEDIÁTRICOS SUBMETIDOS A TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS AUTÓLOGO
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AE Bom, MC da Silva, SR Kuntz, MN do Amaral, VRK Hoffmann, IN Silva, ROS Viegas
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

Os pacientes oncológicos comumente podem apresentar quadros de desnutrição. Nos que são submetidos ao transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) autólogo, a desnutrição está relacionada aos efeitos do regime de condicionamento quimioterápico. Desse modo, a abordagem nutricional deve ser considerada desde o início do tratamento. Uma das maneiras de auxiliar as necessidades nutricionais, quando a via gástrica não é suficiente, é por meio da nutrição parenteral total (NPT). Objetivos: Identificar a utilização de NPT em pacientes pediátricos submetidos à TCTH autólogo.

Material e métodos

trata-se de estudo descritivo, apresentando relato de experiência de enfermeiras de um hospital universitário do sul do país, com avaliação dos TCTH Autólogos pediátricos, de maio de 2024 à maio de 2025, em uma unidade de oncologia pediátrica.

Resultados

No período do estudo foram realizados nove TCTH autólogos. Destes nove pacientes, todos receberam suporte enteral de dieta via sonda nasoentérica (SNE) ou gastrostomia e três pacientes fizeram uso de NPT. A NPT foi utilizada de maneira exclusiva por determinado período apenas em um paciente; nos outros dois, foi utilizada em concomitância com SNE ou com via oral para aumento de aporte calórico.

Discussão

A utilização de NPT em pacientes pediátricos submetidos ao TCTH autólogo reflete a complexidade nutricional presente nesse tipo de cuidado. No presente estudo, apesar de todos os nove pacientes receberem suporte nutricional enteral (via SNE ou gastrostomia), três necessitaram de NPT, com o objetivo de complementar o aporte calórico. Essa necessidade de suporte parenteral está fortemente relacionada aos efeitos adversos do regime de condicionamento quimioterápico, principalmente a mucosite grave, náuseas intensas, vômitos persistentes e anorexia, que comprometem significativamente a capacidade de ingestão e de absorção dos nutrientes. A NPT, nesses casos, torna-se uma alternativa viável e segura para garantir o suporte metabólico necessário durante os períodos críticos do pós-transplante, em especial na fase de aplasia medular, quando há maior risco de complicações infecciosas e maior demanda energética para a recuperação do paciente. A introdução da NPT deve ser cuidadosamente avaliada, considerando-se os riscos associados, como infecções relacionadas ao cateter, distúrbios metabólicos e complicações hepáticas, sendo, portanto, indicada preferencialmente de forma temporária e com monitoramento rigoroso. A experiência descrita destaca ainda o papel da enfermagem na vigilância contínua do estado nutricional, na detecção precoce de sinais de intolerância alimentar, e na administração segura da NPT, em parceria com a equipe multiprofissional.

Conclusão

Esses achados reforçam a importância de estratégias nutricionais individualizadas, com planos de cuidados adaptáveis às condições clínicas de cada paciente, e apontam a NPT como uma ferramenta complementar essencial em determinados casos no contexto do TCTH pediátrico.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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