
Na ocorrência de falhas de utilização, os medicamentos de alta vigilância (MAVs) possuem risco elevado de Eventos Adversos(EA) e de lesões (permanentes ou fatais) que podem elevar os custos associados ao cuidado com o paciente. Um desafio para a gestão em segurança do paciente tem sido a assimilação de que a causa dos EA é multifatorial e que a ocorrência pode resultar até de falhas de planejamento. Sendo assim, se faz mister obter instrumentos de identificação rápido e próximo a realidade para mitigar estas ocorrências.
ObjetivoImplementar instrumento de avaliação da segurança da terapia medicamentosa em farmácias hospitalares públicas no RJ como ferramenta para a obtenção de indicadores da qualidade da Assistência Farmacêutica.
MetodologiaO estudo foi realizado no período de 18/03/2022 à 28/03/2022 o qual foi constituido por um questionário sobre estrutura, processo e resultados relativos a Assistência Farmacêutica usando como ferramenta o formulário on-line google forms com perguntas direcionadas para avaliaçao da Assistência Farmacêutica foi disponibilizado para preenchimento pelas unidades pré-hospitalares e hospitalares do RJ sob gestão da FSERJ.
Resultados90% das unidades avaliadas possuem e divulgam uma lista de identificação de MAVs.Onde 70% fazem dupla checagem de medicamentos nas etapas de prescrição, dispensação e administração de MAVs. Também foram avaliados indicadores de: número de farmacêuticos clínicos, monitoramento de EA com MAVs e serviços clínicos. Obteve-se respostas de 12 hospitais, 01 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), 01 CEDI (Rio Imagem) e 23 Unidades de Pronto Atendimento(UPAS) do RJ.
DiscussãoTodos as unidades avaliadas possuem farmacêuticos sem especialidade clínica que realizam serviços clínicos como dispensação e revisão da farmacoterapia mas não realizam conciliação medicamentosa e acompanhamento farmacoterapêutico, serviços fundamentais para a prevençao de EA. Existem diferentes controles dos MAVs como: limitação do acesso, sistema de cores e rotulagem. Todos realizam dupla checagem de MAVs na dispensação, recebimento e fracionamento dos MAVs. Não foram relatados erros de dispensação de MAVs.70% possuem indicadores para monitoramento de EA causados por MAVs.
ConclusãoNestas unidades, o farmacêutico não realiza serviços clínicos essenciais para evitar EA, no entanto, sao elaboradas rotinas nos processos para o gerenciamento seguro de MAVs.. A ferramenta permitiu a elaboração de um plano de educação permanente para a formação clínica e documentos norteadores para o uso seguro de medicamentos como POPs e o manual de uso seguro de medicamentos.