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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2682
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USO DE PLANTAS MEDICINAIS NO MANEJO DE ANEMIAS: COMPOSTOS BIOATIVOS, EVIDÊNCIAS NUTRICIONAIS E PERSPECTIVAS TERAPÊUTICAS
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OR Campos, MHdS Pitombeira, EdCe Silva, IR Cavalcante, HP Costa, DRdS Dantas, JXd Silva Neto
Instituto Pró-Hemo Saúde, Fortaleza, CE, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

Anemia é uma condição na qual o número de glóbulos vermelhos ou a concentração de hemoglobina dentro deles é menor do que o normal. Segundo a OMS, estimasse que a anemia atinja majoritariamente recém nascidos (40%) e mulheres (37-30%). Existem diversas formas de anemia, como por exemplo a anemia ferropriva, anemia megaloblástica, anemia falciforme, anemia por doença crônica, entre outras. Cada um dos diferentes tipos possui características únicas. Assim, o uso de plantas medicinais desponta como tratamento alternativo, atuando principalmente no aumento da absorção de ferro, fornecendo nutrientes essenciais para a formação de glóbulos vermelhos e protegendo contra danos oxidativos.

Objetivos

Essa pesquisa teve como objetivo produzir um trabalho de revisão abordando as evidências disponíveis sobre o uso de plantas medicinais e suas aplicações no tratamento da anemia.

Material e métodos

Foi realizada uma busca em bases de dados (PubMed, Science Direct, Lilacs e SciELO) usando as palavras chaves anemias e plantas medicinais, anemias e etnobotânica, e anemia e bioativos vegetais. Após a obtenção dos artigos, os mesmos foram avaliados e utilizados para a escrita da revisão.

Discussão e conclusão

Com base nas análies dessas pesquisa, dos resultados obtidos, podemos destacar as sementes de Cucurbita spp., com 2,84 mg Fe; 2,52 mg Zn e 190 mg Mg/100 g, além de elevados níveis de antioxidantes, tocoferóis e fitoesteróis (protegem as hemácias do estresse oxidativo, com ação adjuvante em anemias inflamatórias). O uso de torrefação reduziu a presença de fitatos, elevando a biodisponibilidade do ferro. Já os extratos aquosos das sementes de Carica papaya, Parquetina nigrescens e Hymenocardia demonstram inibição da polimerização da Hb S, aumento de Hb F e modulação de canais iônicos em modelos in vivo. Por fim, a Hibiscus sabdariffa se mostrou rica em ferro e vitamina C, sinérgicos ao tratamento da anemia. A ausência de ensaios clínicos randomizados de grande acida escala limita a translação clínica. Com base nos achados dessa revisão, as evidências convergem para algumas frentes, como por exemplo: (a) alimentos funcionais ricos em micronutrientes (Cucurbita spp., C. papaya, P. nigrescens, H. acida, H. sabdariffa) são capazes de prevenir anemia ferropriva em populações vulneráveis; (b) pesquisas envolvendo fitoquímicos com potencial farmacológico contra a anemia falciforme necessitando de ensaios clínicos e sistemas de entrega que melhorem a sua biodisponibilidade; (c) entre as limitações observadas para os experimentos estão inclusas a heterogeneidade genética da população, diversidade de desenhos experimentais, falta de padronização de extratos e escassez de dados toxicológicos. Ao final dessa pesquisa, pode ser concluido que as plantas medicinais oferecem estratégias promissoras e de baixo custo para o tratamento e controle de diferentes formas de anemia, como por exemplo as sementes de abóbora, que surgem como uma intervenção nutricional prática. Assim, é necessária uma integração de saberes tradicionais (fontes de moléculas bioativas) com pesquisa translacional pode ampliar o arsenal terapêutico da hematologia.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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