
A cicatrização de feridas crônicas é uma questão muito preocupante na atualidade. Uma das principais dificuldades é o custo dos curativos para o tratamento, tornando o acesso a muitas tecnologias restrita apenas a uma parcela da população. Durante o processo normal de cicatrização, as plaquetas desempenham um fundamental no controle da hemostasia e na secreção de fatores de crescimento, induzindo a proliferação celular e tecidual que leva à cicatrização. Isso levou à hipótese de que a aplicação de concentrados de plaquetas em feridas poderia acelerar o processo de cicatrização. O uso de concentrados de plaquetas autólogas com propriedades cicatrizantes foi proposto pela primeira vez por Choukroun em 2001. Desde então, uma variedade considerável de preparações ricas em plaquetas para acelerar a cicatrização tecidual foi avaliada, com resultados positivos. O uso de o concentrado de fibrina rico em leucócitos e plaquetas (L-PRF) é um desenvolvimento relativamente recente, destacando-se das demais preparações pela simplicidade do procedimento, baixo custo e potencial cicatrizante. É facilmente adquirido com uma simples punção venosa e preparado em uma centrífuga padrão sem manipulações complexas ou aditivos. Sua estrutura tridimensional única atua como um reservatório de plaquetas, leucócitos e fatores de crescimento que persistem no local da aplicação, proporcionando uma ação prolongada superior à de outras preparações. Resultados in vitro encorajadores avaliando a proliferação e diferenciação celular e efeitos in vivo favoráveis foram obtidos, especialmente em cirurgia oral.