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Vol. 42. Núm. S2.
Páginas 333-334 (novembro 2020)
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553
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TROMBOSE VENOSA PROFUNDA NA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA: REVISÃO DE LITERATURA
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J.F. Fernandesa, R.Q. Alcântaraa, B.C. Alvesa, I.C.B. Menezesa, R.J. Falcãoa, F.G.A. Saada, L.S.L. Assisa, V.B. Sarquesa, C.R.C. Medeirosb, R.A. Nevesa
a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Goiânia, GO, Brasil
b Universidade de Rio Verde (UniRV), Rio Verde, GO, Brasil
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Objetivos: Avaliar profilaxia, abordagem terapêutica e complicações da trombose venosa profunda na população pediátrica. Material emétodos: Trata-se de revisão sistemática de literatura, dos últimos 5 anos, na base de dados PubMed com os descritores: “deep vein thrombosis AND children” e os filtros: “free full text, clincal trial, 5 years”. Foram excluídos 6 estudos dos 18 encontrados pora não se enquadrarem nos objetivos. Resultados: O uso de etexilato de dabigatrana (DE) para tromboembolismo venoso (TEV) pediátrico demonstrou efeitos adversos em pequena escala, sem gravidade em 17%, sem relatos hemorrágicos, TEV recorrente ou síndrome pós-trombótica (SPT) em Halton e colaboradores em 2020. Brandão e colaboradores em 2020 mostrou que apenas 2 pacientes (1,0%) tiveram recorrência de TEV, eventos hemorrágicos ocorreram em pequena escala e SPT foi relatada em 2 crianças (1,2%). Uso da bivalirudina em pacientes de seis meses a quatro anos causou resolução completa ou parcial do trombo em 16 pacientes (89%), sem outras complicações ou TVP recorrente. Afshari e colaboradores em 2015 apresentou semelhança de eficácia da heparina de baixo peso molecular (HBPM) e heparina não-fracionada (HNF) no tratamento de trombose do seio venoso cerebral (TSVC). Visando prevenir complicações decorrentes de cateteres venosos centrais (CVC), como a TEV, enfatizou-se monitoramento da resistência destes, por prever oclusões, e/ou a implantação de CVC inseridos perifericamente para melhores resultados. Discussão: Houve resultados positivos com uso de DE e bivalirudina no tratamento de TEV pediátrico. Entretanto, Halton e colaboradores em 2020 teve limitações como a confiança nas concentrações de DE e o tamanho da população, o que torna necessária avaliação adicional. Brandão e colaboradores em 2020 teve uma pequena amostra e devido ao perfil de risco diferente de crianças de 3 meses a 2 anos, os dados não são confiáveis para estes pacientes. Sobre a bivalirudina, estudos comparativos com a HNF devem ser feitos e sua concentração plasmática se correlaciona mal com tempo de tromboplastina parcial ativada, o que limita sua utilidade. Sobre HBPM e HNF, Afshari e colaboradores em 2015 concluiu que a eficácia de ambos na redução do déficit neurológico e incapacidade funcional em pacientes com TSVC são semelhantes. No entanto, Coutinho e colaboradores em 2015 teve melhor resultado no grupo HBPM, assim como Misra e colaboradores em 2015, mas o número de pacientes com recuperação completa não teve diferença significativa, como em Afshari e colaboradores em 2015. Todos os estudos que abordaram CVCs concluíram que proteção, curativo e monitoramento ideais fornecem contribuição importante para prevenção de falhas e complicações. Conclusão: O tratamento padrão para TEV pediátrico tem limitações, por isso, buscam-se novas terapias. Drogas como DE, bivalirudina, HBPM e HNF mostraram eficácia e segurança. Entretanto, os estudos têm limitações e alguns resultados discordaram da literatura, reforçando a necessidade de mais ensaios clínicos cegos randomizados com grupo placebo e maior amostra e tempo de tratamento. Ademais, as altas taxas de complicações associadas aos dispositivos de acesso venoso central sugerem inadequações na prática habitual.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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