
Relatar a experiência de trabalho de enfermeiros(as) de uma unidade de Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas com adolescentes acometidos pela Anemia Aplásica Severa. Material e Métodos: Trata-se de um relato de experiência de abordagem qualitativa e descritiva de enfermeiras assistenciais de uma unidade de internação de um Centro de Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas do Estado do Rio de Janeiro.
ResultadosPode-se perceber que o trabalho do(a) enfermeiro(a) dentro de um centro de transplante tão especializado é notadamente diferenciado pois o mesmo absorve a internação da criança até o idoso. Nesta perspectiva percebe-se a forma especial que o adolescente precisa ser abordado e requer níveis diferentes de atenção e cuidados. O tempo de internação, a gravidade do tratamento, as diversas perspectivas como o medo e a insegurança no sucesso do TCTH são situações que aumentam a carga emocional e de trabalho do enfermeiro (a) frente ao paciente gerando desgastes e desafios diários na evolução do transplante. Dessa forma torna-se necessária, a implantação de estratégias de alívio do estresse de ambos os lados para que a relação paciente e enfermeiro(a) seja a melhor possível, ocasionando o alívio da dor emocional, do sofrimento, do acolhimento, enfim gerando um relacionamento de cumplicidade com o objetivo final do sucesso do tratamento físico e mental.
DiscussãoÉ relevante entender que a carga emocional que recai sobre os enfermeiros (as) encontra-se em patamar semelhante da sua articulação intelectual para efetuar os cuidados com essa clientela adolescente. Considerando a saúde mental do trabalhador como uma demanda de extrema importância na atualidade vale ressaltar que propostas devem ser criadas e implementadas como suporte para essa realidade. As fases a serem ultrapassadas neste tipo de transplante por um adolescente é bastante difícil, pois recai na sua sobrevida, sonhos, autoimagem, estudos enfim tudo o que se espera de uma vida plena e saudável. Em contrapartida o(a) enfermeiro(a) está presente para identificar cada fase que está surgindo a fim de que não haja progressão das reações advindas do TCTH, movimento esse que causa grande tensão diária ao profissional que necessita de cooperação do adolescente assim como de sua destreza para não aumentar a ansiedade natural do curso do tratamento.
ConclusãoAs vivências do enfermeiro(a) sendo aquele(a) que está sempre a frente do cuidado demonstram a importância da saúde do trabalhador juntamente com a instituição em identificar esses profissionais e suas demandas. Principalmente num setor onde trata-se as diversas faixas etárias num tratamento bastante específico, neste interim vale ressaltar que a adolescência é marcada por diversas problemáticas internas que se intensificam quando passadas por um tratamento bastante agressivo. Outrossim, a abordagem tende a ser diferenciada para este público-alvo requerendo observação e táticas de abordagem diferenciadas sobrecarregando emocionalmente e intelectualmente o(a) enfermeiro(a) assistencial.