
1. Introdução 2. Desenvolvimento 2.1. Câncer de Mama Triplo-Negativo 2.2. Terapia Alvo com sacituzumabe govitecano 2.3. Efeitos Adversos 3. Conclusão.
ResumoO câncer de mama triplo-negativo (CMTN) é um subtipo agressivo de câncer de mama, caracterizado pela ausência de receptores hormonais de estrogênio (ER) e progesterona (PR), além da não expressão do receptor HER2. Devido à falta de alvos terapêuticos específicos, o CMTN possui opções limitadas de tratamento, sendo a quimioterapia convencional, a principal abordagem. Neste sentido, tendo em vista a exigência por métodos inovadores, esse estudo visa relatar a eficácia da terapia com sacituzumabe govitecano no tratamento do CMTN, com foco em avaliar os dados disponíveis sobre os resultados clínicos e a eficácia dessa terapêutica. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa da literatura em bases indexadas, como o PubMed, Scielo, e Lilacs, selecionando estudos clínicos no período de 2011 a 2025. O CMTN, é conhecido por sua alta taxa de proliferação e metástase precoce, dificultando o tratamento e reduzindo a sobrevida dos pacientes. Diante disso, a ausência de alvos moleculares bem definidos limita as opções terapêuticas, tornando essencial a busca por novas abordagens, como terapias imunológicas e terapias alvo. Sob esse âmbito, tem se destacado a terapia alvo com sacituzumabe govitecano, que é um conjugado de anticorpo monoclonal direcionado ao Trop-2, acoplado a um agente quimioterápico (SN-38). Esse mecanismo permite que o fármaco seja internalizado na célula tumoral, liberando o quimioterápico diretamente no interior da célula cancerígena, reduzindo danos às células saudáveis. Estudos clínicos demonstraram melhoria na sobrevida livre de progressão e sobrevida global quando comparado às terapias convencionais, sendo uma opção promissora para pacientes com CMTN metastático. Apesar dos benefícios, a terapia com sacituzumabe govitecano pode causar efeitos adversos, sendo os mais comuns a neutropenia, que aumenta o risco de infecções, podendo necessitar do uso de fatores estimuladores de colônias de granulócitos (G-CSF) para recuperar a contagem de neutrófilos e a diarreia. Assim, conclui-se que o acompanhamento clínico rigoroso é essencial para minimizar complicações e garantir a segurança do tratamento.
ConclusãoA terapia com Sacituzumabe Govitecano representa um avanço significativo no tratamento do câncer de mama triplo-negativo, oferecendo uma alternativa eficaz para pacientes refratários às terapias convencionais. Ao agir diretamente nos receptores Trop-2, a medicação melhora os prognósticos e apresenta uma eficácia superior às abordagens tradicionais. No entanto, desafios como os efeitos adversos, especialmente neutropenia e diarreia, devem ser gerenciados adequadamente. Além disso, o alto custo do tratamento restringe seu acesso no Brasil, apesar da aprovação pela ANVISA. Estratégias como o uso de G-CSF estão sendo exploradas para mitigar esses efeitos. Assim, a implementação do Sacituzumabe Govitecano exige um acompanhamento clínico rigoroso, essencial para maximizar os benefícios e garantir a segurança do tratamento.