Compartilhar
Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S589-S590 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S589-S590 (outubro 2024)
Acesso de texto completo
SUPORTE E DISPONIBILIDADE LABORATORIAL NO MANEJO DE PESSOAS COM HEMOFILIA NO BRASIL – RESULTADOS PRELIMINARES DO PATCH PROJECT
Visitas
332
PP Inacioa, RM Camelob, SRR Batistaa, IA Marinhoa, YRA Geaa, ANL Prezottic, AAG Guimarãesd, ALA Samboe, CBF Damettof, DCF Nevesg, ECP Araújoh, EPN Sandovali, FD Campoyj, GR Oliveirak, IS Pintol, JM Castrom, LM Carvalhon, LI Ferreira-Filhoo, MM Curadop, PC Giacomettoq..., RF Fonsecar, RLA Ferreiras, SSLV Figueiredot, SR Rigou, TH Anegawav, TCP Pinheirow, V Moraesx, MDRF RobertiaVer más
a Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, GO, Brasil
b Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil
c Centro Estadual de Hemoterapia e Hematologia (HEMOES), Vitória, ES, Brasil
d Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
e Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemocentro), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
f Hemocentro do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil
g Fundação Hemeron, Porto Velho, RO, Brasil
h Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), Aracaju, SE, Brasil
i Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasill
j Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc), Blumenau, SC, Brasil
k Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc), Florianópolis, SC, Brasil
l Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), Belém, PA, Brasil
m Hemocentro do Alagoas (HEMOAL), Maceió, AL, Brasil
n Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), Fortaleza, CE, Brasil
o Hemocentro do Piauí (Hemopi), Teresina, PI, Brasil
p Hemocentro do Tocantins (HEMOTO), Palmas, TO, Brasil
q Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), Curitiba, PR, Brasil
r Hemocentro de Goiás (Hemogo), Goiânia, GO, Brasil
s Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), Brasília, DF, Brasil
t Hemocentro da Paraíba (HEMOIBA), João Pessoa, PB, Brasil
u Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), Cascavel, PR, Brasil
v Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), Londrina, PR, Brasil
w Hemocentro do Acre (Hemoacre), Rio Branco, AC, Brasil
x Hemocentro de Roraima (Hemoraima), Boa Vista, RR, Brasil
Ver más
Este item recebeu
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

Mais dados
Objetivo

O estudo visa descrever a estrutura e funcionamento dos serviços de laboratório dos Hemocentros brasileiros no que se refere aos exames necessários ao manejo das Pessoas com Hemofilia (PwH).

Métodos

Este resumo é o recorte de um estudo descritivo transversal com abrangência nacional do Projeto Assistência Pública às Pessoas com Hemofilia (Patch Project), coordenado pela Universidade Federal de Goiás, que analisa o manejo das PwH no Brasil. O Brasil possui 97 Hemocentros (HCT) estaduais, sendo 35 definidos como coordenadores (HC) e 62 regionais (HR). Destes, 69 prestam serviços médicos integrais a cerca de 12 mil PwH cadastradas na plataforma Hemovida WebCoagulopatias. Um formulário autoaplicável foi encaminhado para cada HCT contendo questões sobre sua a estrutura e funcionamento e mais detalhadamente sobre seu suporte laboratorial.

Resultados

Até agosto de 2024 foram obtidos dados de 38 HCT, 20 HR e 18HC, responsáveis por 5.192 PwH A e 1.016 PwH B. Avaliações laboratoriais locais como dosagem de atividade do fator VIII e IX são realizados em 44% das unidades (17 HCTs), 14 HC (77% dos HC) e 03 HR (15% dos HR). Notamos que 04 HC (10%) e 17 HR (44%) referem solicitar externamente os exames. Dos 17 HCTs, 10 (26%) realizam pesquisa qualitativa e 14 (36%) quantitativa do inibidor. Trinta hemocentros (79%) oferecem tratamento aos PwH que possuem diagnóstico de inibidor e realizam em média 1 análise desse tipo por mês. Outros testes de coagulação estão disponíveis nos centros: Farmacocinética convencional (em 14 HCT), Cromogênico (em 08 HCT), Bethesda (em 09 HCT), Nijimeg (em 13 HCT). Nenhum HCT pesquisado dispõe de laboratório funcionando 24h e nenhum realiza pesquisa do Antígeno do Fator VIII e IX. Apenas 01 dispõe de genotipagem. Sorologias virais para hepatite e HIV são realizadas semestralmente em 06 HCT (16%) e anualmente em 32 (84%). Dezesseis hemocentros (42%) participam de avaliações anuais de controle de qualidade em programas nacionais e 05 (13%) de programas internacionais.

Discussão

A disponibilidade de análise laboratorial nos centros especializados em tratamento de hemofilia no país revelou-se com grande variabilidade. Realizar exames in loco, ou seja, no próprio hemocentro, permite agilidade em diagnóstico, presteza em monitoramento e precisão no manejo das intercorrências. Quando não dispõe de serviço próprio de laboratório para realizar os testes de coagulação relativos à hemofilia, o HCT realiza os exames em outros serviços, através de convênios ou acordos locais. Entretanto, isto inevitavelmente implica em maior tempo até obtenção dos resultados, o que pode impactar na prescrição e uso dos fatores de coagulação enquanto as informações não estão disponíveis rapidamente para avaliação médica. Observamos que alguns HCTs localizados em Capitais de Estados e referências regionais de atendimento, relatam não possuir serviços próprios de laboratório específicos para hemofilia.

Conclusão

Na amostra obtida até o momento, menos da metade dos hemocentros oferece dosagem de fator VIII e IX e do inibidor na própria unidade. A minoria consegue realizar dosagem do FVIII pelo método cromogênico. A avaliação laboratorial genética não é uma realidade ainda no Brasil. Desta forma, ao revelar dados inéditos locais sobre a estrutura e rotina laboratorial dos diversos HCTs brasileiros, nosso projeto ambiciona obter informações que embasem futuras propostas para a oferta de cuidado mais equitativo e homogêneo às PwH no Brasil.

O texto completo está disponível em PDF
Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas