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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2247
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SOBRECARGA VOLÊMICA ASSOCIADA À TRANSFUSÃO: INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO EM HOSPITAIS DE SÃO LUÍS (MA)
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AM Ribeiroa, EL Lopesa, MAV Figueiredoa, GS Mendesa, TDL Santosa, GS Serejoa, NIM Tavaresa, GSO Limab, JPL Amorimc
a Grupo Gestor de Hemoterapia ‒ Grupo GSH, São Luis, MA, Brasil
b Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil
c Grupo Gestor de Hemoterapia ‒ Grupo GSH, Brasília, DF, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A sobrecarga volêmica associada à transfusão (TACO) é caracterizada pelo aumento do volume circulante além da capacidade cardíaca, resultando em sintomas como dispneia, hipertensão e edema pulmonar.[1] Afeta principalmente idosos, crianças e pacientes com insuficiência cardíaca, renal ou baixo peso.[2] Identificar precocemente fatores de risco – como volume e velocidade da infusão – essencial para prevenir e reduzir a morbimortalidade.

Objetivos

Determinar a incidência de TACO em hospitais atendidos pelo Grupo Gestor de Hemoterapia (GSH) em São Luís (MA e identificar fatores de risco associados.

Material e métodos

Estudo descritivo e retrospectivo, de junho/2023 a junho/2025. Incluíram-se pacientes com reações transfusionais classificadas como TACO, excluindo-se outras reações. Os dados foram coletados das agências transfusionais do Grupo GSH, abrangendo características clínicas, tipo e número de hemocomponentes, intervalo entre transfusões e condutas adotadas.

Resultados

Foram registradas 117 reações transfusionais em 20.312 transfusões no período, com 7 casos classificados como TACO (0,034%). Desses, 6 apresentavam cardiopatias e/ou doença renal crônica. A média de idade foi 85 anos, exceto um paciente de 36 anos com leucemia submetido a múltiplas transfusões. As condutas adotadas incluíram raio-X de tórax, uso de diuréticos e monitoramento cardíaco e renal. Nenhum paciente foi a óbito.

Discussão e conclusão

A TACO está associada a condições como idade avançada, disfunções cardíacas ou renais e práticas transfusionais inadequadas (infusão rápida, grandes volumes, múltiplos hemocomponentes em sequência). A ausência de monitoramento pode aumentar o risco.[4] A ausência de óbitos sugere eficácia das condutas adotadas. A TACO é subnotificada, dificultando estimativas precisas.[5] A falta de definição padronizada e o desconhecimento da equipe dificultam a identificação. Dados do FDA (2021) apontam que TACO foi responsável por 34% das mortes transfusionais entre 2016 e 2020. Os achados reforçam a importância da prevenção. TACO é uma reação grave, mas evitável. A prevenção envolve avaliação pré-transfusional criteriosa, infusão lenta em grupos de risco, uso de diuréticos e monitoramento rigoroso. Apesar da baixa incidência observada, reforça a capacitação das equipes e a notificação para garantir segurança transfusional.

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Referências

Clifford L, et al. (2015). J Intensive Care Med, 30(6):352–359.

Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Boletim de Hemovigilância n.° 10 – 2021.

Centers for Disease Control and Prevention (CDC). National Healthcare Safety Network Biovigilance Component – Hemovigilance Module Surveillance Protocol.2025

Popovsky MA. (2004). Vox Sang, 87(1):62–65.

Smith CM. (2023). Am J Nurs, 123(11):34-41.

Food and Drug Administration (FDA), Center for Biologics Evaluation and Reserarch (CBER) Fatalities reported to FDA following blood collection and transfusion: anual summary for FY 2020. Rockville, M. D 2021.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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