HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
Mais dadosA Síndrome Antifosfolípide Catastrófica (SAAFc) é uma manifestação rara e grave da Síndrome Antifosfolípide (SAF), caracterizada por tromboses multissistêmicas em curto intervalo de tempo, frequentemente associada a alta mortalidade, exigindo diagnóstico e tratamento precoces.
ObjetivoRelatar o caso de SAAFc em paciente jovem previamente hígida, com rápida progressão clínica, múltiplos eventos trombóticos e resposta favorável ao tratamento instituído, contribuindo para o reconhecimento e manejo desta condição rara.
MétodoEstudo observacional, retrospectivo, baseado em relato de caso clínico.
Descrição do casoLLGL, 25 anos, previamente hígida, foi admitida na emergência com rebaixamento súbito do nível de consciência, dor torácica e dispneia. Secundário a hipóxia, apresentou parada cardiorrespiratória em AESP, revertida após quatro ciclos de RCP. Na admissão à UTI, tomografia de crânio mostrou AVC isquêmico recente e exames laboratoriais evidenciaram CIVD. A investigação etiológica revelou tromboses múltiplas: TEP bilateral, trombose de artéria renal direita e novos infartos cerebrais. Diante da rápida progressão, aventou-se o diagnóstico de Síndrome Antifosfolípide Catastrófica (SAAFc), manifestação rara da SAF caracterizada por tromboses multissistêmicas em curto intervalo, com alta mortalidade. Confirmada a presença de anticoagulante lúpico, iniciou-se anticoagulação, pulsoterapia e imunoglobulina intravenosa, conforme orientações da literatura vigente. A paciente evoluiu com reversão dos déficits neurológicos, desmame da ventilação mecânica e alta hospitalar. Este caso ilustra a importância do diagnóstico precoce e do manejo agressivo da SAAFc, ressaltando que a intervenção oportuna pode modificar um prognóstico frequentemente fatal.
ConclusãoA Síndrome Antifosfolípide Catastrófica é uma condição rara, grave e de evolução rápida, frequentemente associada a alta mortalidade quando não prontamente reconhecida e tratada. A literatura destaca que o tratamento precoce e agressivo está associado a melhores desfechos clínicos, reduzindo significativamente a taxa de mortalidade. A resposta clínica favorável apresentada pela paciente reforça a importância do alto grau de suspeição diagnóstica e da rápida implementação das condutas terapêuticas recomendadas.




