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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 627
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SEGURANÇA E ASSISTÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS COM SUPORTE TRANSFUSIONAL
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JM Lopesa, SD Gomesb
a Pulsa Rio, Volta Redonda, RJ, Brasil
b UGB, Volta Redonda, RJ, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A infusão de células-tronco hematopoéticas (CTH) é um procedimento fundamental no manejo de diversas doenças hematológicas, oncológicas e imunológicas. Entretanto, trata-se de uma intervenção complexa, que envolve riscos transfusionais, imunológicos e hemodinâmicos. A implementação de protocolos assistenciais rigorosos e a atuação multidisciplinar, especialmente da equipe de enfermagem, são determinantes para assegurar a segurança do paciente, reduzir complicações e garantir a efetividade terapêutica.

Objetivos

Avaliar a segurança clínica e a assistência na administração de CTH, com ênfase no suporte transfusional adotado durante o procedimento e na ocorrência de eventos adversos.

Material e métodos

Estudo clínico observacional, prospectivo, realizado entre janeiro de 2023 e maio de 2025, em serviços especializados em terapia celular. Foram incluídos 42 pacientes adultos, submetidos a transplante autólogo ou alogênico de CTH. Dados clínicos, transfusionais e assistenciais foram coletados por meio de análise de prontuários e protocolos institucionais. As variáveis analisadas incluíram: tipo de transplante, volume e tipo de hemocomponente utilizado, incidência de reações transfusionais, intercorrências durante a infusão e tempo médio de recuperação hematológica. A assistência de enfermagem foi avaliada quanto à adesão aos protocolos de monitoramento, identificação precoce de sinais de toxicidade e manejo de reações adversas. A análise estatística foi descritiva, com cálculo de frequências e médias por meio do software SPSS v.25.

Discussão e conclusão

Dos 42 pacientes avaliados, 71% foram submetidos a transplante autólogo e 29% a alogênico. O suporte transfusional incluiu concentrado de hemácias (85,7%) e plaquetas (64,3%), administrados conforme critérios clínicos e laboratoriais. Foram registradas 6 reações transfusionais leves (14,3%), todas controladas com medidas de suporte imediato, sem necessidade de interrupção do procedimento. O tempo médio de infusão de CTH foi de 22 minutos. A atuação da equipe de enfermagem apresentou 98% de conformidade com os protocolos institucionais de monitoramento clínico, contribuindo para a detecção precoce de sinais adversos e intervenções rápidas. A recuperação hematológica (neutrófilos > 500/mm³) ocorreu, em média, no 11º dia pós-infusão. Os resultados reforçam a importância de protocolos clínico-assistenciais bem estruturados e da assistência qualificada na administração segura de CTH com suporte transfusional. A baixa incidência de complicações e a elevada adesão aos protocolos demonstram que a padronização dos cuidados e o treinamento contínuo da equipe são fundamentais para garantir segurança ao paciente. O suporte transfusional adequado, com base em critérios clínicos e laboratoriais, minimiza riscos imunológicos e hemodinâmicos. Conclui-se que a integração entre equipe multidisciplinar, uso de tecnologia e protocolos atualizados eleva a qualidade da assistência, e sugere-se a ampliação de estudos multicêntricos para padronização nacional de boas práticas na terapia celular.

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Referências:

Appelbaum, F. R. (2007). Hematopoietic-cell transplantation at 50. New England Journal of Medicine, 357(15), 1472-1475.

Costa, L. C., et al. (2020). Multidisciplinary approach in hematopoietic stem cell transplantation: Nursing role. Revista Brasileira de Enfermagem, 73(3), e20180455.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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