
ZS, 69 anos, feminino, hipertensa controlada, fumante passiva por mais de 20 anos, em janeiro/21 submetida a procedimento dentário de simples complexidade percebendo após o mesmo aumento de glândula submandibular esquerda. Sem resolução às medidas suportivas, realizou biópsia de massa endurada submandibular e de linfonodo discretamente aumentado em cadeia cervical anterior ipsilateral. Anatomopatológico com imuno-histoquímica de glândula submandibular sem anormalidades; linfonodo cervical: Linfoma Difuso de células B com padrão de células de centro não germinativo (CD20 positivo / BCL2 com positividade irregular/ BCL6 positivo / MUM1 positivo em 30-40% das células analisadas / Ki67 positivo em 80 a 90%). FISH para mutação no gene c-MYC negativa. PET CT - aumento do metabolismo glicolítico em lesão pulmonar lobulada circunjacente à bifurcação de brônquio subsegmentar lateral do lobo médio (medindo 22,2 x 15,0 mm e SUV máximo = 8,37) e em lesão hipodensa em face ântero medial de terço superior de baço (medindo 7,8 mm e SUV máximo = 4,54), sugestivas de acometimento pela neoplasia linfoproliferativa. ESTADIO IV- A. Tratada com R-CHOP, recebeu 3 ciclos e repetiu PET CT – aumento do metabolismo glicolítico em lesão lobulada no segmento lateral do lobo médio, inalterada em relação ao estudo prévio. Não se identifica a lesão hipodensa previamente hipermetabólica na face ântero medial do terço superior do baço, visibilizada no último controle. Optou-se assim por biopsiar a lesão pulmonar - punção aspirativa guiada: anatomopatológico e imuno-histoquímica compatíveis com adenocarcinoma primário pulmonar. Realizada cirurgia robótica, com intenção curativa, junho/2021; exame da peça cirúrgica confirmou adenocarcinoma de padrão acinar e lepídico moderamente diferenciado, 2,5 cm, margens cirúrgicas livres. Quinze linfonodos avaliados, todos negativos para metástases. Após a intervenção Robótica a paciente prosseguiu com mais 3 ciclos de R-CHOP, finalizando o tratamento do linfoma.