Objetivo: Descrever às principais repercussões hematológicas comprovadas, cientificamente, em pacientes infectados pelo COVID-19. Materiais: Trata-se de uma revisão integrativa com artigos pesquisados nas bases de dados PubMed e Scielo. Foram encontrados 75 artigos publicados no ano de 2020, em português e inglês com os seguintes descritores: “COVID-19”e “hematologia”dos quais foram selecionados 8 que preenchiam os critérios propostos. Resultados: Observou-se, em pacientes com infecção severa por COVID-19, uma resposta inflamatória exuberante similar à síndrome de liberação de citoquinas. Esse quadro corrobora a evolução de complicações hematológicas, sendo as mais frequentes a hipercoagulabilidade com coagulação intravascular disseminada (CIVD), associada a acidentes tromboembólicos e a linfohistiocitose hemofagocítica (HLH) ou síndrome de ativação macrofágica (MAS). Dentre as alterações no hemograma, destacam-se o aumento significativo do volume celular dos monócitos, leucopenia, linfopenia (83,2%), neutrofilia, trombocitopenia, aumento de ferritina, DHL, proteína C-reativa (60,7%), dímero-D (43%), TAP, TTPa, fibrinogênio, procalcitonina, IL-6 e troponina. Já em relação aos fatores de pior prognostico no doente infectado com SARS-CoV-2, é importante destacar a elevação do D-dímeros (DD) maior que 3,0 ug/mL e prolongamento do tempo de protrombina (TP), especialmente, se 1,5 vezes maior do que o valor de referência. Discussão: O paciente infectado com COVID-19 tem um estado de hipercoagulabilidade com microtromboses e oclusao de pequenos vasos pulmonares, agravando a hipóxia e, mais tardiamente, associam-se a formas de coagulação intravascular disseminada com repercussão sistêmica. Em conjunto, a imobilização do paciente, devido a internação, aumenta o risco de trombose venosa profunda (TVP). O tratamento exclusivo amplamente disponível para inibir a geração de trombina e a HBPM (fundaparina ou bemiparina em alternativa, se a enoxaparina estiver contraindicada). Atualmente, o tratamento deve ser considerado em todos os doentes que requerem internamento por COVID-19 na ausência de contraindicações. Há também a obrigatoriedade de monitorização adequada no caso de compromisso grave da função renal. Conclusão: O risco de complicações trombóticas e coagulopatias, no paciente infectado por corona vírus, recomenda a emissão de orientações relativas a monitorização da hemostase e terapêutica anticoagulante, que pode beneficiar esses pacientes. Evidenciou-se a importância dos testes de coagulação, uma vez que o aumento do TP e dos níveis de DD constituem preditores significativos da gravidade da doença em questão e reforçam a possibilidade de uma das complicações mais graves provocadas por esse vírus.
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