Objetivos: Compreender a erradicação da infecção por H. pylori em pacientes com Púrpura Trombocitopênica Imune melhorando a trombocitopenia; obter um melhor entendimento do efeito da eliminação da H. pylori em pacientes com Púrpura Trombocitopênica Imune. Método: Trata-se de uma revisão integrativa realizada através dos bancos de dados da Literatura Latino Americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde, Biblioteca Virtual de Saúde, Scientific Electronic Library Online e PubMed, na língua inglesa e portuguesa. A coleta de dados foi realizada no período 25 de julho a 13 de agosto de 2020. Para viabilizar a coleta de dados foram utilizados como descritores: “Púrpura Trombocitopênica and Helicobacter pylori” e “Contagem de Plaquetas and Doenças Hematológicas”. A amostra foi composta por onze publicações. Resultados: A Helicobacter pylori (H. pylori) é uma bactéria gram-negativa espiralada encontrada na mucosa gástrica, onde sobrevive por sua capacidade de converter ureia em amônia e gás carbônico. A Púrpura Trombocitopênica Imune (PTI), também chamada de Trombocitopenia Imune é uma doença autoimune adquirida, caracterizada por plaquetopenia. Nos últimos anos, têm sido documentados casos de PTI associados à infecção pelo H. pylori, cujo recurso terapêutico eleva a contagem plaquetária em um percentual considerável de infectados. Há várias hipóteses de como funciona o tratamento dessa bactéria na resolução do quadro purpúrico, por exemplo, variação dos genes que expressam CagA a anticorpos que tem reação cruzada com as plaquetas, reação cruzada entre plaquetas e a proteína citotoxina A, ativação das plaquetas através da interação H. pylori e fator de von Willebrand via glicoproteína plaquetária Ib, adsorção de antígenos Lewis às plaquetas. Em suma, a H. pylori pode ativar os receptores Fcγ em monócitos e macrófagos assim como mimetizar a composição molecular de antígenos plaquetários. De acordo com a conferência de consenso de Maastricht III, a PTI é uma das doenças extra-intestinais para as quais é indicada a detecção e erradicação da infecção por H.pylori. Discussão: Embora cerca de 50% da população mundial estejam contaminados pelo H.pylori, os mecanismos de propagação constituem motivo de muita controvérsia. A taxa de resposta terapêutica tendeu a ser maior em países com alta prevalência de infecção por H. pylori e em pacientes com graus mais leves de trombocitopenia. Esses achados sugerem que a detecção e erradicação da infecção por H. pylori devem ser consideradas na avaliação de pacientes com PTI aparentemente típico. A elevação da contagem plaquetária nesses casos ocorre na maioria das vezes em até 6 meses do tratamento e os casos de recaída são raros. Conclusão: Reforça-se a importância da inclusão de triagem para H. pylori no acompanhamento de pacientes com PTI. A eliminação dessa bactéria tem eficácia considerável, risco reduzido e é de baixo custo. Desse modo, os gastos para a triagem compensam os do tratamento convencional da PTI. A finalidade do tratamento da PTI é basicamente prevenir eventos hemorrágicos graves. O manejo é individualizado, variando de acordo com o quadro clínico, a contagem plaquetária e as características do paciente.
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