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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 295
Acesso de texto completo
RELATO DE CASO: UM OLHAR ATENTO DO TRIADOR SOBRE O DOADOR DE SANGUE
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DR Roquea, IA de Limab, F Granjac, FAC Costaa
a Fiocruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Hemoraima, Boa Vista, RR, Brasil
c Universidade Federal de Roraima (UFRR), Boa Vista, RR, Brasil
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Este artigo faz parte de:
Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A triagem clínica dos candidatos à doação de sangue é um processo indispensável e primordial para a segurança transfusional, tanto para o doador quanto para o paciente que receberá a transfusão dos hemocomponentes. Faz parte desta etapa a entrevista com o candidato onde são abordados diversos aspectos da vida pessoal e saúde que poderão torna-lo apto ou inapto para a doação.

Descrição do caso

Objetivo: Descrever a importância da qualidade e experiência da triagem e encontrar achados sorológicos de um doador de sangue. Descrição Doador do sexo masculino, 20 anos, caucasiano, solteiro, 3° grau incompleto, natural de Boa Vista/RR, doador de 1ª vez, compareceu ao Hemoraima em 17/09/2024 para se candidatar à doação de sangue. Durante a entrevista informou ter tido sífilis no ano anterior e foi inaptado por apresentar comportamento sexual de risco. Fisicamente aparentava estar emagrecido e apresentava linfonodos evidentes na região da cervical. Devido à inaptidão clínica para doação de sangue, foi convidado a participar de pesquisa de doutorado que estava em andamento na instituição em parceria entre Hemoraima e Fiocruz, assinou termo de consentimento livre e esclarecido e coletou amostras para testes imunohematológicos e sorológicos. Foi caracterizado como O+ e pesquisa de anticorpos irregulares negativa. Os exames sorológicos demonstraram positividade para os marcadores de Sífilis TP e anti- HIV. Ao ser convocado para segunda amostra para confirmação dos testes, o telefone cadastrado não pertence ao doador nem é de conhecidos, o e-mail fornecido não funciona, não sendo possível o contato convencional com o doador. Até o momento o doador não retornou ao serviço de hemoterapia para se candidatar a uma nova doação para ser abordado pela equipe.

Discussão

O olhar atento e treinado do triador permitiu inaptar um doador que potencialmente oferecia riscos transfusionais. Muitos doadores procuram o hemocentro no intuito de doar sangue para ter seus exames sorológicos realizados, o fato de tanto o telefone quanto o e-mail cadastrados serem inexistentes nos leva a pensar que poderia haver tal intenção deste doador. A expertise em observar sinais físicos e uma entrevista adequada foram importantes para a segurança transfusional. A dificuldade de contato com o doador é um problema que ocorre frequentemente nas unidades devido à informações obsoletas, erros cadastrais e fornecimento de informações corretas, o que dificulta a busca ativa destes doadores. A falta de conhecimento do estado sorológico do doador descrito impacta diretamente na saúde pública, visto que o doador segue com a possibilidade de disseminar estas ISTs.

Conclusão

Há necessidade de melhoria no cadastro dos doadores para efetivo rastreio, quando necessário, e manutenção do treinamento do pessoal da triagem, pois as ações dos triadores são essenciais e precisam ser estimuladas para que haja um efetiva seleção do doador para garantir segurança transfusional.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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