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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S787-S788 (Outubro 2023)
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RELATO DE CASO: POSSÍVEL ANEMIA HEMOLÍTICA PERINATAL ASSOCIADA À ALOIMUNIZAÇÃO ERITROCITÁRIA MATERNA (ANTI-E) EM GESTAÇÃO MÚLTIPLA, EM UMA AGÊNCIA TRANSFUSIONAL DO INTERIOR DE SÃO PAULO
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224
MP Machado, MSF Mouraria, TRA Donato, JAD Santos
Grupo GSH, Brasil
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Vol. 45. Núm S4

HEMO 2023

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Introdução

A Doença Hemolitica Perinatal (DHPN) é causada por aloanticorpos maternos dirigidos contra antígeno presente nas hemácias fetais e ausente nas hemácias da mãe. A incompatibilidade do antigo D, do Sistema Rh é a forma mais reconhecida de (DHPN). A Pesquisa de Anticorpos Irregulares (PAI) é um teste laboratorial que verifica a ocorrência de aloimunização eritrocitária através da identificação da presença de aloanticorpos. Na rotina Pré-Natal, o teste de PAI é solicitado somente para gestantes Rh D negativas.

Objetivo

Demonstrar, através do caso descrito, a possibilidade de hemólise perinatal associada à presença de aloanticorpo materno, com especificidade anti-E e a relevância do teste de PAI em gestantes.

Método

Relato de caso de uma Agência Transfusional de Hospital Privado no Interior de SP.

Relato de caso

Dois Recém-Nascidos (RN) gemelares com Teste de Antiglobulina Direta (TAD) “Positivo”, nascidos às 33 semanas de gestação, após quadro materno de Hipertensão. Segunda gestação da Mãe, a sem antecedente de aborto. Solicitados testes imuno-hematológicos (metodologia gel) para complementação diagnóstica, com amostras de coleta periférica da mãe e dos recém-nascidos. Amostra materna: ARhD+, Fenotipagem: C- c+ E- e+ K-, PAI: Positiva e Painel de Identificação de Anticorpos Irregulares: aloanticorpo anti-E. Amostra do recém-nascido 1: ARhD+ Fenotipagem: C- c+ E+ e+ K- TAD: Positivo. Amostra do recém-nascido 2: ARhD+ Fenotipagem: C- c+ E+ e+ K- TAD: Positivo. Ambos os RNs necessitaram de transfusão de concentrado de hemácias (CH), um dia após o nascimento, permaneceram internados por 28 dias e receberam alta com boa evolução clínica.

Discussão

A grande maioria das gestantes, só é submetida a investigação imuno-hematológica, que inclui o teste de PAI, quando a tipagem Rh D é negativa, isso devido maior preocupação com a aloimunização materna pelo antígeno D. Contudo, outros antígenos eritrocitários podem ter caráter de sensibilização da mãe com possíveis implicâncias clínicas importantes para o RN. No caso relatado, houve a identificação de aloanticorpo materno anti-E (Sistema Rh), potencialmente hemolítico. A hemólise provocada pelo aloanticorpo anti-E materno, corroborou na necessidade de transfusão de CH para correção de anemia. A identificação do anti-E, também foi relevante para a escolha dos CHs transfundidos em ambos os RNs.

Conclusão

O presente relato de caso aponta a possibilidade de Anemia Hemolítica Perinatal associada a aloanticorpo anti-E materno, mãe com tipagem Rh D positiva. A Pesquisa de Anticorpos Irregulares em gestantes, independentemente da tipagem ABO/Rh D, pode antecipar o diagnóstico de incompatibilidade eritrocitária entre mãe e bebê e, assim, permitir melhor planejamento da assistência materno-infantil durante a gestação e no pós-parto.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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