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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S227-S228 (Outubro 2022)
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RELATO DE CASO: LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA RESISTENTE AO TRATAMENTO
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MV Diniza,b, AP Silvaa,b, DRC Silvaa, GS Arcanjob,c, RA Brandãoa, BLD Hatzlhoferc,d, ARL Araújob,c, MAC Bezerrab,c
a Hospital das Clínicas (HC), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
b Programa de Pós-Graduação em Genética (PPGG), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
c Laboratório Central (LABCEN), Centro de Biociências, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
d Departamento de Ciências Farmacêuticas, Centro de Ciências da Saúde (CCS), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
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A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é causada pela translocação entre os cromossomos 9 e 22 gerando o gene de fusão BCR-ABL, responsável pela produção da oncoproteína tirosina quinase BCR-ABL. A LMC pode evoluir em três fases: crônica, acelerada e blástica. Na fase acelerada o tratamento pode ser ineficaz com piora do quadro clínico. Atualmente, a neoplasia é tratada, em sua maioria, com inibidores da tirosina quinase como o mesilato de imatinibe, nilotinibe e desatinibe que inibem o oncogene BCR-ABL, responsável pela indução da LMC. Assim, nosso trabalho tem como objetivo relatar um caso de LMC na fase acelerada resistente ao tratamento de escolha.

Material e métodos

Após a coleta de dados clínicos e laboratoriais de prontuário foi elaborado um relato de caso de paciente do gênero masculino de 38 anos internado no Hospital das Clínicas da UFPE com diagnóstico de LMC há um ano.

Resultados

O paciente foi admitido em agosto de 2021 com relato de perda de peso, fadiga, aumento do volume abdominal e dor articular. Após a investigação apresentou, em exame de imagem de ultrassonografia (USG), hepatoesplenomegalia; nos exames laboratoriais mostrou hemograma com acentuada leucocitose (281.610/mm3), desvio à esquerda até blasto, eosinofilia e intensa basofilia; anemia (Hb: 7,0 g/dL) e trombocitose (Plaquetas: 490.000/mm3); nos exames bioquímicos a Proteína C Reativa (PCR: 11,5 mg/dL), lactato desidrogenase (DHL:749 U/L) e ácido úrico (AU:7,4 mg/dL) estavam elevados. A pesquisa molecular do transcrito BCR-ABL1 p210 foi positiva. A análise citogenética apresentou cromossomo Philadelfia positivo e trissomia do 8 em 15 metáfases. Após o diagnóstico iniciou-se o tratamento com mesilato de imatinibe na dosagem de 400 mg. O paciente evoluiu com piora do quadro hematológico e clínico não respondendo bem ao tratamento de escolha, sendo assim, solicitado uma nova droga, o nilotinibe. Mas, devido à falta do medicamento na instituição, a droga inicial (mesilato de imatinibe) foi mantida aumentando sua dosagem para 800 mg. Com isso, o paciente apresentou discreta melhora clínica, até o momento.

Discussão

Os quadros clínico e laboratorial do paciente mostraram um prognóstico reservado onde a evolução para a fase acelerada da LMC já possui gravidade e neste caso, houve resistência ao tratamento de escolha disponibilizado pelo sistema único de saúde (SUS).

Conclusões

A evolução da Leucemia Mieloide Crônica (LMC) para a fase acelerada e resistência ao tratamento ocasiona piora do prognóstico e da sobrevida, sendo relevante causa de mortalidade nesses pacientes. Neste relato, pode-se avaliar a importância do tratamento adequado e precoce e as consequências das falhas no sistema público de saúde.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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