
O sistema Rh é um dos mais complexos conhecidos em humanos, a sua descoberta se deu há 60 anos atrás, o segundo mais importante após o sistema ABO. Tem grande importância na obstetrícia, pois é a principal causa da doença hemolítica do feto e do recém-nascido (HDFN). A base de reatividade do antígeno G concentra-se na codificação por RHD e pelo alelo C dos genes RHCE. Portanto o PAI de uma amostra com o Anti-G parece sorologicamente com múltiplos anticorpos, Anti-C mais Anti-D há casos excepcionais que são encontrados Anti-D, Anti-C e Anti-G.
ObjetivoRelatar caso de anticorpo Anti-G encontrado na rotina maternidade do laboratório de referência em imuno-hematologia do grupo GSH.
Materiais e métodosAs informações relevantes em nossa rotina laboratorial consistem na rotina de maternidade em maior prevalência. Os testes imuno-hematológicos iniciais foram realizados no equipamento automatizado Immuncor NEO 2.0 tipagem ABO/Rh, fenotipagem RhCE+Kell, triagem de anticorpos pela técnica de microplaca. Toda pesquisa de anticorpos irregulares positiva é realizada a confirmação em outra metodologia gel teste Liss/Coombs e Enzima, painel de hemácias para identificar os anticorpos irregulares, na identificação do anticorpo o padrão da reação foi de Anti-D e Anti-C. O grupo sanguíneo do recém-nascido a fenotipagem RhCE+Kell e teste de antiglobulina direto (TAD) foram realizados no equipamento automatizado Immuncor NEO 2.0, para confirmar a sensibilização in vivo a especificidade do anticorpo nas células TAD positivas realizando o teste de adsorção/eluição pela técnica de eluição ácida (EluKit Fresenius). Na identificação do anticorpo evidenciou-se um Anti-D e Anti-C. Para diferenciar os anticorpos D e C do anticorpo G, foi realizado os estudos de adsorções e eluições utilizando células inicialmente R0r (D+C-), para excluir a presença de Anti-D, a primeira adsorção foi realizada incubando volumes iguais de células R0r (D+C-). A adsorção foi realizada 1 vezes, a fim de se obter um soro não reativo com aquelas hemácias. Segunda adsorção com células inicialmente r'r (D-C+) para excluir a presença de Anti-C, A segunda adsorção foi realizada incubando volumes iguais do eluato da primeira adsorção R0r (D+C-), adsorção foi realizada 1 vezes, a fim de se obter um soro não reativo com aquelas hemácias. O eluato foi preparado a partir dessas células adsorvidas usando a técnica de eluição ácida (EluKit Fresenius).
ResultadosApós a realização dos testes foram identificados na amostra da mãe: tipagem ABO/RhD A- ccddee K-, PAI positivo Anti-D 1/128 e Anti-G e na amostra do seu Recém-nascido: tipagem ABO/RhD O+ ccDee K-, TAD positivo teste de adsorções/eluições no Eluato identificado somente Anti-D 1/128, não evidenciado a presença do Anti-G.
ConclusãoOs métodos de teste mencionado no estudo nos ajuda na identificação do Anti-G através do teste de adsorção/eluição com hemácias fenótipos específicos para diferenciar os anticorpos D e C de G e assim realizar a profilaxia adequada para mãe e recém-nascido.