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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S996-S997 (Outubro 2023)
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RELAÇÃO DOS GENES CXCR4, PAX5 E IKZF1 COM OS ASPECTOS CLÍNICOS, PROGNÓSTICOS E TRATAMENTO DA LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA
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272
BK Silvaa, CS Zanchettaa, MA Higuchia, CEC Oliveiraa, LC Francoa, FC Trigob
a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba, PR, Brasil
b Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
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Objetivo

Investigar as implicações da expressão gênica de PAX5, IKZF1, CXCR4 na patogênese da leucemia linfoide aguda (LLA) infanto-juvenil, avaliando a expressão gênica de PAX5, IKZF1, CXCR4 em amostras de sangue periférico de pacientes com LLA de diferentes subtipos e as possíveis associações com os parâmetros, na busca por marcadores de relevância clínica

. Materiais e métodos

Projeto sob o CAAE nº 17123113.4.0000.5231. Tratou-se de um estudo quantitativo experimental retrospectivo. Foram incluídos pacientes do Hospital do Câncer de Londrina (HCL) com diagnóstico de leucemia linfoblástica aguda de ambos os sexos com idade entre 3 meses e 19 anos. As amostras de RNA foram obtidas a partir do sangue periférico de pacientes. A expressão de CXCR4 foi analisada em 59 amostras, já o IKZF1 e o PAX5 foram analisados em 40 amostras. Foram selecionados 31 indivíduos controle sem neoplasias, provenientes do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (HU-UEL). Os parâmetros avaliados foram: sexo, risco de recidiva, recidiva e fase do tratamento no momento da coleta da amostra. Avaliou-se a expressão gênica por meio de PCR Quantitativo em Tempo Real (qRT-PCR) e fez-se coleta das informações clínicas através de prontuário médico. Os resultados estatísticos foram obtidos pelo programa SPSS Statistics 24.0.

Resultados

Observou-se que o PAX5 tinha mais expresso em pacientes com LLA-B e menos expresso em pacientes que foram a óbito. A LLA-T era mais frequente em crianças mais velhas e associou-se ao pior prognóstico. O óbito mais frequente ocorreu em pacientes com recidiva. A expressão do PAX5 apresentou correlação inversamente proporcional significativa com a expressão do CXCR4 (p < 0,05).

Discussão

Os dados obtidos sobre incidência da LLA em relação à gênero, à idade e ao subtipo corroboram com a literatura. Os resultados confirmam que a LLA do subtipo B é mais frequente que do subtipo T. E, a correlação entre o diagnóstico em crianças mais velhas e pior prognóstico é mais frequente na LLA-T. Pacientes com mais recidivas apresentavam taxas de sobrevida menores. A explicação seria que a expansão dos danos cromossômicos, durante a recidiva da doença, tem impacto na resposta às terapias convencionais. A relação inversamente proporcional de PAX5 com CXCR4 pode ser corroborada, posto que o PAX5 é um fator sinalizador de anormalidades celulares e, na existência de quantidades aberrantes de CXCR4, o PAX5 provavelmente se encontra inibido ou pouco expresso. Incapaz de realizar sua função de reparo, permitindo a expansão de células neoplásicas. A correlação entre a LLA B e a respectiva expressão do PAX5, em detrimento da LLA T, é explicada pela função primordial que esse gene realiza na maturação dos linfócitos B, modulando a linhagem celular.

Conclusão

A expressão gênica do CXCR4, IKZF1 e PAX5 parece influenciar aspectos clínicos e de prognóstico da LLA infantojuvenil. A análise da expressão destes genes na evolução da doença pode elucidar outros mecanismos envolvidos na leucemogênese não compreendidos neste estudo.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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