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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 2196
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REFRATARIEDADE E USO DE IMUNOTERAPIA NO LINFOMA DE HODGKIN NA SANTA CASA DA BAHIA
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VO Santos Junior, MAS Romeo, LN dos Anjos, SR Simões, MS Simões, HRC Silva, LHS de Assis
Hospital Santa Izabel, Oncoclínicas, Santa Casa da Bahia, Salvador, BA, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A despeito das excelentes taxas de resposta e chances de cura no Linfoma de Hodgkin (LH) aproximadamente 20-30% dos casos apresentam falha de resposta ou recidiva após o tratamento de primeira linha (1). O Pembrolizumabe, um inibidor de PD1, tem mostrado eficácia em casos de LH que falharam em múltiplas linhas de terapia resgate, com taxas de resposta superiores a quimioterapia tradicional (2). Os inibidores de checkpoint (IC) ainda não foram incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS) para uso no LH refratário, e a busca de equidade no tratamento entre o sistema de saúde suplementar e o SUS é uma das principais metas da ABHH.

Objetivos

O presente estudo retrospectivo tem como objetivo avaliar entre os casos de LH tratados no Hospital Santa Izabel (uma unidade filantrópica com perfil de pacientes tratados através do sistema público e privado) entre janeiro de 2019 e janeiro de 2024, o percentual de refratariedade ao tratamento de primeira linha e a sobrevida global destes pacientes.

Material e métodos

As informações desse trabalho foram adquiridas através da revisão de prontuário eletrônico da instituição, dos pacientes acompanhados entre janeiro de 2019 e janeiro de 2024. A análise estatística foi realizada através do software SPSS versão 25. A média e mediana de sobrevida foi calculada pela curva de Kaplan-Meier.

Resultados

Foram avaliados 67 casos de pacientes, com média de idade de 37 anos. O número de recidivados/refratários (R/R) foi de 27 (40%). Desses, apenas 12 (44%) tiveram acesso à IC. A mediana da sobrevida global (SG) do grupo completo não foi atingida, com mais de 80% dos pacientes vivos em 5 anos. A média de SG no grupo que teve acesso à IC foi de 74 meses, enquanto a média do grupo sem acesso foi de 52m (p = 0,17), não estatisticamente relevante devido tamanho da amostra. Porém, quando avaliamos o subgrupo de R/R, a taxa de SG é superior no grupo refratário com acesso ao IC (90%) em relação ao grupo de pacientes tratados com quimioterapia de resgate convencional (60%) em 5 anos.

Discussão e conclusão

Os dados apresentados representam uma casuística com percentual elevado de casos de LH R/R (maior que dados apresentados em outros estudos). Além disso, esse subgrupo apresentou melhores dados de SG quando teve acesso ao IC. Acreditamos que conhecer nossa população e demostrar as diferenças nas taxas de sobrevida é um passo importante na busca pela equidade no sistema público de saúde, viabilizando análises de custo e trilhando o caminho para reduzir as diferenças no acesso as novas terapias.

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Referências:

  • 1.

    Sasse S, Bröckelmann PJ, Goergen H, Plütschow A, Müller H, Kreissl S, et al. Long-term follow-up of contemporary treatment in early-stage Hodgkin lymphoma: updated analyses of the German Hodgkin Study Group HD7, HD8, HD10, and HD11 trials. J Clin Oncol. 2017;35(18):1999-2007. doi:10.1200/JCO.2016.71.5225.

  • 2.

    Chen R, Zinzani PL, Fanale MA, Armand P, Johnson NA, Brice P, et al. Phase II study of the efficacy and safety of pembrolizumab for relapsed/refractory classic Hodgkin lymphoma. J Clin Oncol. 2017;35(19):2125-32. doi:10.1200/JCO.2016.72.1316.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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