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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
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ID - 474
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REDOME (2020-2024): PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES E IMPLICAÇÕES PARA TCTH NO BRASIL
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SDB Pacheco, NA da Silva, RC de Oliveira, PS da Silva, LN Guimarães
Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (HEMOPA), Belém, PA, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) é uma terapia vital para diversas doenças hematológicas [1]. No Brasil, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) [2] é crucial para viabilizar esses procedimentos, dada a complexidade da compatibilidade HLA e a diversidade genética populacional [3]. Compreender o perfil epidemiológico dos pacientes cadastrados é fundamental para otimizar buscas por doadores e aprimorar políticas de saúde em hematologia, visando um TCTH eficaz.

Objetivos

Analisar o perfil epidemiológico de pacientes cadastrados no REDOME (2020-2024), considerando distribuição regional, sexo, faixa etária e raça, para subsidiar ações estratégicas de TCTH no Brasil.

Material e métodos

Estudo transversal descritivo, dados secundários anonimizados do REDOME (2020-2024). Variáveis: região, sexo, idade, raça. Análise descritiva de frequências e tendências. Ética dispensada (Portaria CNS nº 510/2016) por dados abertos.

Resultados

O REDOME registrou crescimento de pacientes: 1.532 (2020) para 2.235 (2024), aumento de 45.9%. Em 2024, Sudeste concentrou maioria (52,13%), seguido por Nordeste (18,88%) e Sul (17,99%). Predominância masculina (55.6%). Destaque para faixas extremas: < 18 anos (31,56% M, 26,58% F) e > 60 anos (18,43% M, 20,14% F). Raças predominantes: brancos (56,44% M, 59,71% F) e pardos (31,48% M, 29,10% F).

Discussão e conclusão

O crescimento do REDOME reflete a expansão das indicações de TCTH e a crescente confiança no sistema. A concentração de pacientes no Sudeste, aponta para a necessidade de descentralização e fortalecimento de centros e apoio em outras regiões, visando acesso equitativo. A predominância masculina exige estudos aprofundados sobre diferenças de gênero em doenças hematológicas e o refinamento das estratégias de busca de doadores. A representatividade significativa de faixas etárias extremas (< 18 e > 60 anos) sublinha a relevância do REDOME para populações pediátricas e idosas, que frequentemente enfrentam desafios únicos na busca por doadores compatíveis. A melhoria no registro racial é um avanço positivo para busca de doadores etnicamente compatíveis. Os resultados enfatizam a urgência de iniciativas direcionadas para expandir e diversificar o rol de doadores. O REDOME cresceu robustamente (2020-2024), evidenciando uma demanda por TCTH. O perfil epidemiológico revela heterogeneidade regional, predominância masculina e diversidade etária/racial. Insights cruciais para planejamento estratégico, otimização de busca e políticas públicas eficazes, fortalecendo a hematologia nacional e o acesso equitativo ao TCTH. Agradecimentos: À Fundação HEMOPA pelas instalações e apoio à Residência Multiprofissional em Hematologia e Hemoterapia, cruciais para a escrita deste trabalho.

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Referências:

1. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea 2012. Angra dos Reis (RJ), 2012.

2. Brasil. Ministério da Saúde. Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).

3. Tiercy, JM. How to select the best available related or unrelated donor of hematopoietic stem cells? Haematologica, 101(6), 680-687, 2016.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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