Compartilhar
Informação da revista
Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S750 (Outubro 2023)
Compartilhar
Compartilhar
Baixar PDF
Mais opções do artigo
Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S750 (Outubro 2023)
Acesso de texto completo
RECUPERAÇÃO DE SANGUE INTRAOPERATÓRIO EM CIRURGIAS DE COLUNA VERTEBRAL
Visitas
257
SD Vieira, FCV Perini, VLR Pessoa, KT Pires, M Costa, N Jones, F Akil, LFF Dalmazzo
Grupo GSH, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 45. Núm S4

HEMO 2023

Mais dados

As cirurgias da coluna, particularmente a cirurgia de correção de deformidades, podem resultar em grande perda de sangue devido aos longos tempos operatórios, extenso desgaste muscular e grandes superfícies de feridas envolvidas.A perda de sangue e a hipovolemia resultante resultam em hipoperfusão tecidual e aumento do risco de necrose tecidual.Trabalhos anteriores no campo da cirurgia da coluna, bem como em outros procedimentos cirúrgicos, demonstraram que uma maior perda de sangue – medida pela mudança na concentração de hemoglobina do pré ao pós-operatório – está associada a maiores complicações perioperatórias e mortalidade.Cada redução de 10% nos níveis de hemoglobina foi associada a um aumento de 27% no risco de uma ou mais complicações perioperatórias e um aumento de quase duas vezes no risco de infecção hospitalar. Atualmente os bancos de sangue garantem que as perdas intraoperatórias, possam ser prontamente respostas. No entanto, uma série de estudos recentes mostram que as transfusões alogênicas levam a desfechos piores, que realizada em pac. com nível de hemoglobina acima de 8 g/dL foi associada a uma chance duas vezes maior de apresentar uma ou mais complicações perioperatórias e cada unidade adicional de CH transfundida, aumentou a morbidade perioperatória em 20%.

Objetivo

Avaliar a eficácia e o rendimento da recuperação de sangue autólogo intraoperatório em cirurgia de coluna e, consequentemente, diminuir o número de transfusões e as possíveis reações do sangue alogênico e melhora nos desfechos clínicos.

Metodologia

Estudo observacional, descritivo de corte transversal, coletando dados de 18 pacientes submetidosa cirurgia de coluna, no período de junho a dezembro de 2022, que utilizaram a recuperadora de sangue autólogo intraoperatório (Sorin – XTRA) em hospitais privados. O programa utilizado nessas maquinas foram feitos pelo “protocolo GSH”, com as devidas validações.Como critério de exclusão, foram excluídos 3 pacientes (16,6%), onde o sangramento foi mínimo, insuficiente para o processamento do bowl programado.

Resultados

A média de idade foi de 42 anos (13/88) e o peso de 74 Kg (30/125), sendo a maioria do sexofeminino (11%–73,3%).O volume total de Concentrado de Hemácias (CH) recuperados foi de 8.073 mL (121/1.429), que equivale a 21 bolsas autólogas, sendo em média de 538 mL/paciente, correspondendo a 1,4 unidades de CH autólogo. A média dos tempos de cirurgia, foram de 8:18hs. Em relação ao uso de sangue alogênico, 7 pac. (46,6%) utilizaram 13 unidades de CH no centro cirúrgico, e apenas 1 deles apresentou uma intercorrência leve. A maioria das cirurgias foram de Artrodese de Coluna. Não houve óbitos e 5 pacientes (33,3%) utilizaram apenas o seu próprio sangue recuperado durante toda a sua internação.

Conclusão

Os resultados do estudo corroboram com os da literatura atual, demonstrando quenas cirurgias de coluna, por suas características, é recomendável a utilização de técnicas de “conservação sanguínea”, sendo a recuperação de sangue intraoperatóriamais universalmente utilizada pela sua segurança e eficácia.

O texto completo está disponível em PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas