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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S328-S329 (outubro 2024)
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Páginas S328-S329 (outubro 2024)
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RECORRÊNCIA DE AMILOIDOSE EM ÓRGÃO SÓLIDO APÓS TRANSPLANTE CARDÍACO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
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GO Borgesa, MAL Eliasa, FCB Silvaa, MEF Silvaa, ACR Júniora, LMD Castellanoa, RH Teixeiraa, KON Lealb
a Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil
b Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
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HEMO 2024

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Introdução

Na amiloidose sistêmica há o acúmulo de fibrilas amiloides em diversos tecidos e órgãos, incluindo o coração. Dentre os 30 tipos de proteínas amiloidogênicas descritos, 5 acometem este órgão: cadeias pesadas e leve da imunoglobulina, transtirretina, amiloide A e apoA1. A amiloidose cardíaca é uma cardiomiopatia restritiva com disfunção ventricular e diminuição da hipertrofia cardiovascular devido a alterações no sistema de condução decorrentes da deposição das cadeias amiloides, sendo uma importante indicação de transplante cardíaco (TC). Pela dificuldade em encontrar doadores e acometimento de múltiplos órgãos, a possibilidade de recorrência da doença após o TC deve ser ponderada.

Objetivos

Avaliar a recorrência de amiloidose em pacientes após TC.

Métodos

Trata-se de revisão sistemática de literatura, na qual foram selecionados artigos por meio de busca eletrônica nas bases de dados PubMed, Lilacs, Cochrane e Scielo. Os descritores foram “Recurrence”, “Cardiac amyloidosis” e “Heart transplant” e 74 artigos foram identificados. A busca incluiu artigos em português e inglês publicados desde 1988 até 2023. Durante a fase de revisão, aplicação dos critérios de inclusão e avaliação crítica, foram selecionados 11 artigos.

Resultados

O TC, junto a regimes quimioterápicos e ao transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH), é uma modalidade possível para o tratamento da amiloidose cardíaca, porém não é o método mais preferível, devido ao risco de recorrência da doença no aloenxerto. Embora tenham sido relatados casos de recidiva neste órgão sólido, detectou-se aumento da sobrevida global de pacientes submetidos ao TC quando comparados a pacientes não transplantados e que o risco de tal complicação não demonstra ser relevante a curto e médio prazo. A remissão hematológica da doença também foi constatada a partir do TCTH e de tratamentos quimioterápicos prévios e posteriores ao TC.

Conclusão

Apesar da recorrência de amiloidose em pacientes após TC, essa terapêutica continua a ser utilizada pela gravidade progressiva do quadro e pelo correlato aumento de sobrevida após o procedimento. É fundamental a realização de pesquisas para o desenvolvimento de tratamentos alternativos e mecanismos de identificação precoce do quadro, bem como mais estudos com amostras maiores, para entender melhor o perfil dos pacientes acometidos por essa condição e assim caracterizar melhor o curso da doença.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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