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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S752-S753 (Outubro 2023)
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REAÇÕES TRANSFUSIONAIS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RIO DE JANEIRO
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MD Costaa, KB Fonsecaa, CA Mesquitaa, CS Silvaa, DP Coelhoa, FMGC Bandeirab
a Hospital Universitário Pedro Ernesto (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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HEMO 2023

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Objetivo

Avaliar e caracterizar as reações transfusionais ocorridas nos últimos 5 anos no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) nos pacientes oncológicos, bem como os procedimentos especiais aos quais os hemocomponentes foram submetidos.

Materiais e métodos

Dados coletados do prontuário eletrônico do hospital e dos arquivos de Notificação do Serviço de Hemoterapia.

Resultados

De 2018 a 2022, 138 Reações Transfusionais (RT) foram notificadas no HUPE. Dessas, 85 ocorreram em pacientes oncológicos, o que corresponde a 61,5% do total de RT. Na população estudada, 50 eram do sexo masculino (58,8%) e 35 do sexo feminino (41,2%). A maior parte dos pacientes (63) tinha diagnóstico hematológico, o que corresponde a 74,1% da população. 64 RT (75,3%) ocorreram em vigência de algum protocolo de modificação de Hemocomponentes (HC) e 62 (72,9%) resultaram em modificação do protocolo. A principal RT notificada nesse grupo foi Reação Febril Não Hemolítica (RFNH), totalizando 48 notificações (56,4%), seguida por Reação Alérgica (RA), 25 notificações (29,4%). Das RFNH, 30 (62,5%) ocorreram devido a transfusão de concentrado de hemácias. Já em relação às RA, 18 (72%) foram relacionadas à transfusão de concentrado de plaquetas ou plasma fresco congelado. Foi observada recorrência das RT em 11 pacientes.

Discussão

As transfusões de HC ainda são um pilar eficaz e seguro para grande parte dos pacientes oncológicos. Essa população apresenta grande demanda transfusional, seja pela própria doença de base, seja por sangramentos decorrentes dos tumores ou pela aplasia medular provocada pelo tratamento. Por se tratarem de frações de um tecido vivo, RT podem ocorrer principalmente neste grupo específico de pacientes devido à grande exposição a estes produtos. Devido a isso, alguns desses indivíduos recebem HC com protocolo especial desde o diagnóstico. Já uma outra parte passa a receber HC modificados ou têm alteração do protocolo apenas após a ocorrência de alguma RT. A maior parte das RT notificadas no HUPE no período de 5 anos ocorreu nessa parcela de pacientes, principalmente naqueles com diagnóstico Hematológico. A maioria das RT resultou em alteração da conduta hemoterápica, seja por iniciar ou por alterar um protocolo já existente. De forma semelhante à descrita na literatura atual, a RFNH foi a RT mais frequentemente observada, seguida pela RA. Foi também observada recorrência das RT mesmo após a modificação dos HC, uma vez que os protocolos transfusionais reduzem, mas não eliminam a chance de ocorrência dessas reações.

Conclusão

Devido ao alto volume transfusional associado à doença de base, os pacientes oncológicos representam um grupo de risco para o desenvolvimento de RT e necessidade de uso de protocolos de modificação de HC. Vale ressaltar, que os protocolos de modificação de HC não impedem as RT, mas sim reduzem o risco de ocorrência das mesmas, portanto a sinalização precoce do diagnóstico para o Serviço de Hemoterapia permite a implantação de protocolos de modificações de HC visando prevenir e/ou reduzir a incidência dessas RT.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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