Introdução: A lenalidomida é indicada como terapia combinada para pacientes com mieloma múltiplo (MM) que não receberam tratamento anterior ou que não são elegíveis ao transplante de células tronco ou ainda para pacientes com doença recidivada ou em esquema de monoterapia. Dentre as reações relacionadas ao medicamento (RAM) destacam-se as hematológicas como a neutropenia, anemia e leucopenia, e dentre as não hematológicas destacam-se a astenia, fadiga, constipação e diarreia. Objetivo: O objetivo deste trabalho consistiu na avaliação das reações adversas apresentadas por pacientes com Mieloma Múltiplo em tratamento com lenalidomida. Método: Foi realizada análise retrospectiva em prontuários em uma clínica oncológica privada, no período de janeiro de 2019 a julho de 2020. Nesta análise, foram avaliados 37 pacientes de 66 a 80 anos, sendo 23 homens e 14 mulheres, de 1ª a 8ª linha de tratamento, elegíveis para tratamento com lenalidomida. As indicações avaliadas foram MM pós transplante autólogo de células-tronco (5 pacientes), MM refratário/recidivado (24 pacientes), MM recém diagnosticado NÃO elegível à transplante (6 pacientes), MM refratário/recidivado (MM IgG Lambda) (1 paciente) e MM manutenção (1 paciente). Resultados: No estudo, as reações ocorreram em 51% dos pacientes, onde 11% pacientes com menos de 65 anos, 58% em pacientes de 65 a 75 anos e 31% em pacientes acima de 75 anos. Foi evidenciado que 26% dos pacientes apresentaram astenia, 11% reações cutâneas, 53% mielotoxicidade, 5% reações do TGI e 5% apresentaram outras reações. As reações foram dividas de acordo com a indicação de cada tratamento. Conclusão: As reações predominantes no tratamento com lenalidomida são a mielotoxicidade e astenia, principalmente em pacientes MM refratários/recidivados e em idosos. Em ambos os casos, quando estas reações são apresentadas pelo paciente O tratamento foi interrompido, pausado ou a dose foi reduzida conforme necessário para controlar a toxicidade.