Apresentar o perfil dos pacientes transplantados pelo projeto PROADI SUS na Instituição. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo composto por 41 pacientes de ambos os sexos, com idades entre 3 e 66 anos. Os critérios de exclusão foram pacientes indeferidos pelo time assistencial. Todos os pacientes foram regulados via SNT. Foram analisados dados demográficos, clínicos, de comorbidade, doença, transplante, doador e desfecho.

Dos 41 pacientes atendidos, 51% (21) eram provenientes do estado de São Paulo, 27% (11) do Distrito Federal, 12% (5) de Sergipe, 4,9% (2) da Bahia, 2,4% (1) do Pará e 2,4% (1) do Espírito Santo. Em relação aos dados da doença, os diagnósticos predominantes foram leucemia mieloide aguda (41%) e leucemia linfoblástica aguda (20%). Os dados do transplante indicaram que 51% foram alogênicos haploidênticos, 39% alogênicos aparentados e 9,8% alogênicos não aparentados. Ao avaliar o tipo de condicionamento, 56% foram mieloablativos. No pós-transplante, 46% dos pacientes tiveram Doença do Enxerto Contra Hospedeiro (DECH), mas nenhum apresentou DECH crônica. Analisando a sobrevida pelo método Kaplan-Meier, a sobrevida em 30 dias foi de 95,12% e em 100 dias foi de 87,07%, comparado a dados do CIBMTR que estimam uma sobrevida de 80,0%.

Este estudo demonstrou que os pacientes atendidos pelo projeto na Instituição apresentaram taxas de sobrevida superiores às estimativas do CIBMTR. A oportunidade de garantir acesso ao transplante de medula óssea, reforçando a importância de iniciativas como essa para a qualificação contínua dos programas de TMO no Brasil.