Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da morbidade hospitalar por Linfoma não-Hodgkin (LNH) em Teresina, Piauí, no período de 2015 a 2020. Material e métodos: Estudo ecológico realizado a partir de dados secundários referentes aos indicadores de morbidade hospitalar por LNH em Teresina, Piauí de janeiro de 2015 a junho de 2020, disponíveis no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Os dados foram agrupados no Microsoft Excel®, realizada análise estatística descritiva, frequência absoluta e relativa. Resultados: No período analisado obtiveram-se um total de 583 internações e 63 óbitos por LNH em Teresina, Piauí. A maior prevalência de internação ocorreu no ano de 2015, com um total de 132 casos (22,6%), sendo predominante em indivíduos do sexo masculino (59,0%) e faixa etária de 60 a 69 anos (19,9%). Com relação ao número de óbitos, a maior quantidade foi no sexo masculino (53,9%) e em indivíduos de 50 a 59 anos (33,3%), sendo a maior taxa ocorrida no ano de 2016 (25,4%). Quanto a cor/raça, observou-se a predominância da cor/raça parda nas internações (92,8%) e óbitos (92,1%). Discussão: O Instituto Nacional de Câncer estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 12.030 novos casos de LNH, sendo a maioria entre indivíduos do sexo masculino. Sendo assim, vários estudos mostram a relação entre sexo e idade com a incidência da doença, revelando ser um pouco maior no sexo masculino. No entanto, de acordo com o resultado do presente estudo, foi observado uma diferença entre os sexos, com prevalência maior de indivíduos do sexo masculino internados por LNH. Com relação a faixa etária, pesquisas revelam que a idade mediana para apresentação de LNH é de 50 anos, já outros autores relatam que 57,0% de todos os LNH foram detectados em indivíduos com mais de 65 anos. No presente estudo, a faixa etária encontrada de maior internação foi entre 60 a 69 anos o que se assemelha aos dados encontrados nos estudos supracitados com relação ao tempo médio para a apresentação da doença. Quanto aos óbitos verificou-se um maior número em indivíduos que se encontram a partir da quinta década de vida, esses achados também são reiterados em outros estudos. Além disso, envelhecer é um forte fator de risco para o linfoma em geral. Como a doença afeta células importantes no combate a infecção e somando-se ao fato que o próprio processo de envelhecimento compromete o sistema imunológico, isso explica o maior número de morte e casos entre os idosos. Ao que se relaciona a cor/raça, dados do Instituto Nacional de Câncer revelam as pessoas de cor branca são mais propensas que as negras e as asiáticas a desenvolver linfoma não Hodgkin. Entretanto, o presente estudo encontrou maior prevalência em indivíduos pardos. Conclusão: De acordo com os resultados obtidos, nota-se que houve expressiva morbidade hospitalar por Linfoma não-Hodgkin em Teresina, Piauí. Esses achados reforçam a necessidade da realização de pesquisas sobre a doença, além da adoção de medidas de prevenção para que os indivíduos saibam detectar os sintomas característicos de forma precoce e, de controle de novos casos. Ressalta-se a necessidade de políticas de saúde voltadas para os segmentos de menor suporte socioeconômico para que tenham acesso ao diagnóstico em tempo oportuno, controle e tratamento adequado e imediato.
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