Analisar a prevalência dos diagnósticos linfoma de Hodgkin e Não-Hodgkin com a variável etnia dos pacientes atendidos em hospital de referência oncológica da Paraíba, entre os anos de 2019 e 2023.

Trata-se de um estudo observacional, individual e transverso por meio de 251 prontuários de pacientes diagnosticados com Linfoma de Hodgkin e Não-Hodgkin com a comparação de variáveis independentes. As análises foram feitas a partir do teste Qui-quadrado de Aderência.

Observando os resultados, percebe-se uma prevalência de diagnósticos de Linfomas Não-Hodgkin sobre os Linfomas de Hodgkin, e de ambas as classificações de linfomas na etnia parda. Quanto aos diagnósticos de Linfoma não-Hodgkin, a etnia parda conta com 166 casos enquanto a etnia branca conta com apenas 37. Dos diagnósticos de Linfoma de Hodgkin, 40 casos foram contabilizados na etnia parda, cinco vezes mais que na etnia branca, que contava com 8 casos.

A neoplasias linfoides mais numerosas são aquelas classificadas como Linfomas não-Hodgkin. Logo, é compreensível que seus diagnósticos sejam mais numerosos quando comparados àqueles de Linfomas de Hodgkin, observando numericamente: dos 251 prontuários analisados, 203 correspondem aos Linfomas Não-Hodgkin. Outra observação a se fazer é a prevalência dos diagnósticos dos dois tipos de linfomas na etnia parda, muito provavelmente por ser a etnia mais comum no estado da Paraíba, onde foi realizado o estudo. A literatura indica que fatores como predisposição genética, condições socioeconômicas e acesso a serviços de saúde influenciam as taxas de incidência. Esses dados podem refletir tanto essas variáveis complexas, como as características demográficas da região.

O estudo mostrou que Linfomas Não-Hodgkin (LNH) são mais prevalentes que Linfomas de Hodgkin (LH) entre os pacientes atendidos na Paraíba, com 203 diagnósticos de LNH e 48 de LH em 251 prontuários. A etnia parda teve uma incidência maior em ambos os tipos de linfoma, com 166 casos de LNH e 40 de LH, enquanto a etnia branca teve 37 casos de LNH e 8 de LH. A predominância na etnia parda pode ser atribuída à sua maior representatividade na população local e fatores socioeconômicos e de acesso à saúde.