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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S667 (outubro 2024)
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PREVALÊNCIA DE DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇA FALCIFORME
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TS Vilelaa, M Fisberga,b, JAP Bragaa
a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
b Instituto PENSI - Sabará Hospital Infantil, São Paulo, SP, Brasil
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HEMO 2024

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Objetivos

Realizar um levantamento da literatura para encontrar a prevalência de deficiência de vitamina D em pacientes pediátricos com doença falciforme.

Material e Métodos

Uma revisão narrativa foi realizada analisando artigos da base de dados Medline do National Institute of Medicine entre abril de 2023 e novembro de 2023. Os critérios de inclusão foram estudos observacionais em populações pediátricas de até 20 anos, publicados em inglês. Estudos de intervenção, ensaios clínicos, resumos e revisões foram excluídos da análise.

Resultados

Considerando os critérios de inclusão e exclusão listados, o número final de artigos selecionados foi 18, a partir de 85 listados. A frequência geral de deficiência de vitamina D na faixa etária pediátrica com doença falciforme é de 50,49% (569/1127), considerando 20 ng/mL como ponto de corte para deficiência. Ao excluir dois artigos que provavelmente envolvem a mesma amostra, a prevalência global é de 58,17% (516/887). Considerando o ponto de corte para deficiência de vitamina D como valores abaixo de 12 ng/mL, observamos uma prevalência maior de 61,19% (41/67) em hipovitaminose D.

Discussão

Todos os estudos desenvolvidos em pacientes pediátricos com doença falciforme evidenciam que a prevalência de deficiência de vitamina D nesta população parece ser maior que na população geral. Estudos globais com crianças e adolescentes saudáveis resultam em uma frequência de 18% a 36% de hipovitaminose D, considerando como deficiência valores inferiores a 20 ng/mL. Estes valores de prevalência são menores quando comparados aos 50,49% dos 12 estudos avaliados em crianças com doença falciforme e utilizando o mesmo valor de referência. Quanto à avaliação para o Brasil, estudos prévios em uma amostra de São Paulo evidenciaram na década passada prevalência entre 34,9% a 36,1% dos pacientes com valores deficientes de vitamina D, porém com análises anteriores ao período de pandemia por SARS-CoV-2. Outros fatores associados a diferença de valores nos estudos internacionais são o período de coleta do ano e a latitude em que o levantamento foi realizado, evidenciando a forte influência da exposição solar nos achados.

Conclusão

A deficiência de vitamina D é altamente prevalente na população pediátrica com doença falciforme. Também se entende que estudos futuros devem avaliar a prevalência atual da hipovitaminose D nessa população, especialmente após a pandemia de COVID-19.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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