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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S880 (outubro 2024)
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PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS ANTI-D E ANTI-K EM UMA AGÊNCIA TRANSFUSIONAL DO EXTREMO NORTE DO BRASIL
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IYS Caitanoa, LCA Holandab, VBSC Sampaiob, WF Lotasa, VS Paulac,d, IG Fortesb,c,d
a Claretiano - Pólo Boa Vista, Boa Vista, RR, Brasil
b Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, Boa Vista, RR, Brasil
c Laboratório de Virologia e Parasitologia Molecular, Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
d Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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A agência transfusional do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth é referência para atendimentos de hospitais externos (3 privados e 1 Estadual), além de atender a demanda da ginecologia e obstetrícia no Estado de Roraima. A realização da pesquisa de anticorpos irregulares (PAI) é obrigatória para fins transfusionais e sua identificação auxilia na melhor escolha do hemocomponente. Objetivo: Descrever os resultados da identificação de anticorpos irregulares realizados no ano de 2022 na agência transfusional do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, em Boa Vista - Roraima, extremo norte do Brasil. Materiais e métodos: Estudo retrospectivo e descritivo. As informações foram coletadas de registros de exames de exames de PAI positivos do ano de 2022 na agência transfusional. Verificou-se a especificidade de anticorpos, sexo, grupo sanguíneo dos pacientes e hospital de origem. As informações foram tratadas em planilhas do programa Microsoft Office Excel 2016 para análise de frequência e porcentagem. Os exames foram realizados utilizando a técnica de gel centrifugação, BioRad, conforme as instruções do fabricante e kit de painel de hemácias. Resultados: Em 2022, foram realizados 2964 testes de PAI. Destes, 43 (1,45%) amostras foram positivas. A detecção de anticorpos irregulares revelou maior prevalência de Anti-D, 06 (14%) e Anti-K, 06 (14%). Foram descritos anticorpos Anti-E, em 2 (4,7%) e Anti-Dia 2 (4,7%) . Outros anticorpos detectados incluíram Anti-C, Anti-S, Anti-Jka e Anti-Lea, cada um em 1 paciente (2,3%). Houve 22 testes inconclusivos (51,2%) e 1 teste não realizado (2,3%). A distribuição do grupo sanguíneo ABO/RhD: O+, 26 (60,5%), A Neg 6 (14%), A+ em 5 (11,6%), B+ em 4 (9,3%) e O Neg em 2 (4,7%). A distribuição por sexo mostrou uma predominância de mulheres, com 34 pacientes (79,1%), enquanto 9 pacientes eram homens (20,9%). Quanto à origem das solicitações, 22 (51,2%) eram de hospitais externos e 21 (48,8%) eram da maternidade. Discussão: A prevalência de aloanticorpos e a especificação de cada um em receptores de sangue é essencial para a proteção do receptor e para minimizar possíveis reações transfusionais, visto que os anticorpos identificados possuem importância clínica transfusional e obstétrica. Os resultados apresentados da prevalência corroboram Anti-D e Anti-K com outras análises realizadas na agência em outros períodos. Mulheres representaram 79,1% dos casos, indicando uma maior prevalência de anticorpos irregulares neste grupo. Os resultados inconclusivos requerem uma análise abrangente para minimizar estes resultados. Conclusão: A prevalência de anticorpos Anti-D e Anti-K em 2022 ressalta a importância da triagem de anticorpos irregulares para a segurança transfusional. A identificação adequada desses anticorpos são cruciais para prevenir complicações e melhorar os resultados clínicos, possibilitando uma transfusão segura em situações de urgência, devido à possibilidade de escolha de hemocomponentes com antígenos correspondentes negativos. Melhorias nos processos laboratoriais são essenciais para reduzir testes não realizados e resultados inconclusivos, garantindo maior segurança aos pacientes transfundidos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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