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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S562 (Outubro 2023)
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PREVALÊNCIA DE ANEMIA EM PACIENTES MENORES DE 18 ANOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
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199
BDAM Coutinho, LV Ramos, MJ Batista, CM Campanaro
Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí, SP, Brasil
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HEMO 2023

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Introdução

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define anemia como uma condição em que há redução da quantidade de hemoglobina, por diminuição da quantidade de hemácias ou por diminuição da concentração de hemoglobina em cada hemácia; a concentração pode variar por conta da idade e sexo. As anemias adquiridas possuem diversas etiologias: deficiências nutricionais, processos inflamatórios e infecciosos. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, 20,9% das crianças menores de 5 anos são anêmicas. Os déficits nutricionais são o principal determinante no desenvolvimento das anemias seguida de processos inflamatórios e infecciosos. Estudos recentes identificam a obesidade como processo inflamatório crônico e apontam aumento da obesidade infantil. Os distúrbios nutricionais, carenciais ou em excesso, podem contribuir para a presença de anemia e constituem problema de saúde pública atual no Brasil.

Objetivos

O objetivo do estudo foi avaliar a prevalência de anemia em crianças atendidas no serviço de referência materno infantil, o Hospital Universitário; além de identificar as características da população atendida e patologias associadas à anemia e avaliar possível associação entre anemia e obesidade.

Materiais e métodos

: Estudo transversal quantitativo. Coleta de dados feita a partir de revisão de prontuários de pacientes internados de julho de 2017 a dezembro de 2021. Foram utilizadas curvas de crescimento da OMS para antropometria e valores da OMS para classificação das anemias. A análise dos resultados foi realizada por estatística simples, descritiva, seguida por análise bivariada para variáveis categóricas (Qui-Quadrado), e comparação de média (Teste-t de Student), para as quantitativas.

Resultados

Foram avaliados 141 indivíduos. Sem relevância em distribuição por gênero; a faixa etária de lactentes foi mais prevalente, seguida por adolescentes e escolares. Dos 141 indivíduos, 9,9% eram anêmicos. Em lactentes e neonatos, encontrou-se 13,7% de anêmicos, seguido de 8,6% em escolares e pré-escolares. Entre os anêmicos, 7,1% foram classificados como magreza acentuada; 7,1% obesidade grave; 42,8% dos anêmicos eram eutróficos. A média de hemoglobina dos anêmicos foi 9,6 e dos não-anêmicos 13,9 (p < 0,05); de hematócritos foi 27,0 e 41,4, e de eritrócitos foi 3,3 e 4,8 (p < 0,05), de anêmicos e não-anêmicos, respectivamente. Quanto ao IMC foram analisados 104 pacientes: 39% eutróficos, 11,3% sobrepeso, 7,8% obesidade e 5% obesidade grave. O diagnóstico de internação mais prevalente foi de doenças respiratórias (34%). Cabe lembrar que este estudo ocorreu durante a pandemia COVID-19.

Discussão

Os resultados de hemoglobina, eritrócitos e hematócrito validam-se de acordo com a classificação de anemia pela OMS. Além disso, a prevalência de anemia e obesidade na população analisada foi compatível com os estudos do Ministério da Saúde.

Conclusões

Constatou-se prevalência de anemia em crianças e adolescentes atendidas no HU de 9,9% e de obesidade, incluindo obesidade grave, de 12,8%; as doenças respiratórias agudas foram as causas mais prevalentes de internação e associadas à anemia; não houve significância estatística na associação de anemia e obesidade.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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