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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S679 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
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PREVALÊNCIA DA DOENÇA FALCIFORME NO BRASIL APÓS A IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE TRIAGEM NEONATAL NACIONAL
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TN Ferreira, J Boni, ALZ Cheibub, CMC Gamas, CM Ricci, GC Freitas, MG Pereira, VS Gagliardi
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS), Campinas, SP, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Objetivos

Estimar a sobrevida de pacientes com Doença falciforme (DF) após o diagnóstico obtido através do Teste do Pezinho no Brasil. Estimar taxas e descrever a prevalência da DF com a triagem neonatal atualmente, por meio de dados epidemiológicos.

Materiais e métodos

Foi realizada uma revisão bibliográfica através da pesquisa pelo PubMed, com uma identificação inicial de 271 artigos, dos últimos 10 anos, sendo filtrados 10. A pesquisa foi realizada com os seguintes termos “ sickle cell disease IN children AND Brazil”. Além disso, foi realizado um levantamento de dados epidemiológicos do Brasil, para verificar a prevalência da DF após o Teste do Pezinho.

Resultados

A DF é a hemoglobinopatia hereditária mais predominante no Brasil e no mundo. O diagnóstico e a intervenção precoce contribuem para melhorar a qualidade de vida, além de reduzir a morbidade e a mortalidade. No Brasil, o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), incluiu a pesquisa da DF, na lista de doenças testadas no “Teste do Pezinho”, um exame que visa detectar precocemente algumas doenças em recém-nascidos. Esse diagnóstico antecipado permite iniciar o tratamento em tempo hábil, prevenindo sequelas e até a morte. De acordo com dados do Ministério da Saúde do Brasil, entre 2014 e 2020 o PNTN registrou uma média anual de 1.087 novos casos de crianças diagnosticadas com DF, o que corresponde a uma incidência de 3,78 para cada 10 mil recém-nascidos. Ainda, de 2000 a 2019, o Brasil teve 2.422 mortes por DF entre crianças e adolescentes. Sendo a frequência maior no sexo masculino e na faixa etária de 0 a 9 anos, com uma distribuição por macrorregião de maior frequência no Nordeste, seguido do Sudeste. Entretanto, esse dado não pode ser comparado com taxas de mortalidade de anos anteriores à implementação do Teste do Pezinho, visto que não existem dados consistentes dessa época sobre a mortalidade de DF no Brasil, decorrente de informações inexistentes sobre a doença no atestado de óbito e a existência de população sem o diagnóstico.

Discussão

: Os dados do PNTN são essenciais pois ressaltam a importância da triagem neonatal para a detecção precoce e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes com DF. Infelizmente, no Brasil, alguns estados e em muitos municípios pesquisa da DF através do Teste do Pezinho ainda não está disponível. Sendo assim, devem ser realizados hemograma, reticulócitos e eletroforese de hemoglobina.

Conclusão

Devido à ausência de teste do pezinho em alguns estados, há prejuízo na rede de dados e compreensão da mortalidade da DF no País. Para reduzir significativamente a taxa de mortalidade de crianças é necessário incentivar e promover o desenvolvimento socioeconômico, além de expandir o conhecimento sobre a DF entre os profissionais de saúde e familiares de indivíduos afetados.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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