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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S616 (Outubro 2023)
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PREVALÊNCIA DA ALOIMUNIZAÇÃO ERITROCITÁRIA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
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GS Reisa, MA Motab, AS Innocêncioa, GBM Rodriguesa, LDCD Diasa, MJJ Almeidaa, TR Zattaa, SA Silvab, CM Spindolab, RO Rochab
a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Brasil
b Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, MG, Brasil
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Introdução

A transfusão de sangue embora muitas vezes salve vidas não é isenta de riscos. Uma das complicações mais comuns é a aloimunização eritrocitária e estima-se que em pacientes politransfundidos a taxa de aloimunização varia de 10% a 35%. O desenvolvimento de aloanticorpos com importância clínica pode resultar em reações hemolíticas ou dificuldade em disponibilizar hemácias compativeis em futuras transfusões. O risco de desenvolvimento de aloanticorpos depende de fatores como o número e frequência de transfusões, gravidez, imunogenicidade do antígeno, resposta imune do receptor, etnia do paciente e diferença no padrão antigênico do doador e do receptor.

Material e métodos

O estudo foi realizado no período de 18/09/2018 a 26/07/2023 e incluiu 1635 pacientes internados ou em regime ambulatorial atendidos no Hospital Universitário com indicação de transfusão de Concentrado de Hemácias (CH)  e/ou de reserva cirúrgica de CH. Como objetivado neste estudo, estabelecemos protocolo de investigação imunohematológica para os pacientes com PAI (pesquisa de anticorpos irregulares) positiva utilizando dois painéis (LISS/Coombs e enzimático) de 11 células com uma configuração de antígenos especificamente selecionada para a identificação de anticorpos eritrocitários irregulares.

Resultados

Um total de 89 pacientes tiveram PAI positiva, correspondendo a uma taxa de aloimunização de 5,4%. A média de idade foi de 55 anos e mediana de 59 anos, predominância do gênero feminino com 63% (n = 56) e a tipagem sanguínea O RhD positivo foi de 43% (n = 38). A distribuição de cor foi respectivamente branca 56% (n = 50), parda 31% (n = 9), preta 9% (n = 18) e não declarado 3% (n = 3). A doença renal crônica foi o principal diagnóstico dos pacientes aloimunizados com frequência de 26% (n = 23); seguida de tumores sólidos, 14% (n = 13) e doenças oncohematológicas, 12% (n = 11). Identificamos 103 aloanticorpos, com prevalência do anti-E, 25% (n = 22), seguido de anti-K, 15% (n = 13). Desses 89 pacientes, 9% (n = 9) apresentaram associações de aloanticorpos contra antígenos de diferentes sistemas de grupos sanguíneos. Em cinco casos foram detectados aloanticorpos associados a autoanticorpos.

Conclusão

A aloimunização pós-transfusional é a principal complicação de todas as observadas após um ou mais episódios transfusionais. É um problema clinicamente significativo e a morbidade e mortalidade da aloimunização é provavelmente subestimada.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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