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Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1256-S1257 (outubro 2024)
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POSTO AVANÇADO DE COLETA EXTERNA (PACE): DA NEGOCIAÇÃO À IMPLANTAÇÃO – UM RELATO DO PROCESSO DE CONSULTORIA ARQUITETÔNICA AOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE MINAS GERAIS PELA FUNDAÇÃO HEMOMINAS
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EM Leite, LG Alvim, LLRR Oliveira, CE Oliveira
Fundação Centro Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais (Fundação Hemominas), Belo Horizonte, MG, Brasil
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HEMO 2024

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Objetivos

Este estudo tem como objetivo descrever o processo de consultoria arquitetônica oferecido pela Fundação Hemominas (FH) para a implantação de Postos Avançados de Coleta Externa (PACE) em municípios de Minas Gerais que manifestaram interesse formal. O foco é destacar as etapas de negociação, planejamento e implementação, além de abordar as principais dificuldades e soluções encontradas ao longo do processo.

Material e métodos

Trata-se de uma análise retrospectiva, analítica e descritiva, baseada na avaliação do processo de consultoria arquitetônica desde as negociações iniciais com os municípios até a fase de implantação dos PACEs. Foram considerados aspectos técnicos e normativos, além das especificidades locais de cada município. As unidades foram projetadas para realizar coletas de sangue de forma segura e eficiente, respeitando os protocolos sanitários. Cada PACE possui uma estrutura semelhante a de uma Unidade de Coleta da Hemominas, operando em datas e horários pré-definidos, variando de duas (2) a vinte (20) vezes por mês, conforme acordado entre as partes envolvidas.

Resultados

Até o momento, a FH implementou 17 PACEs em diferentes municípios de Minas Gerais, incluindo Araguari, Bom Despacho, Barbacena, Conselheiro Lafaiete, Formiga, Itabira, Itajubá, Lavras, Leopoldina, Muriaé, Nova Lima, Pará de Minas, Patrocínio, São Sebastião do Paraíso, Paracatu, Varginha e Viçosa. A implantação desses PACEs resultou em um aumento significativo na coleta de bolsas de sangue, melhorando a cobertura da hemorrede da FH e facilitando o acesso ao serviço para a população local.

Discussão

O processo de consultoria arquitetônica se inicia com discussões entre os gestores do município parceiro e a equipe de arquitetos e analistas da FH. Nesse estágio, é apresentada uma planta padrão para que o município encontre um imóvel compatível com as exigências. A equipe da FH avalia a planta baixa do local escolhido pelo município e elabora um projeto com possíveis adaptações para cumprir os requisitos legais vigentes. O grande desafio para a arquitetura é a necessidade de flexibilidade espacial, considerando que a maioria dos PACEs compartilha edifícios com outros centros de saúde, o que exige atenção especial aos fluxos e à conformidade com a RDC 50 e as exigências da vigilância sanitária. O processo de consultoria inclui análise do espaço disponível, elaboração de estudo preliminar com layout e verificação de fluxos, indicação de equipamentos, mobiliário técnico e administrativo, indicação de materiais de revestimento, projeto de comunicação visual e acompanhamento da execução da obra. A acessibilidade arquitetônica é um desafio adicional nesses contextos.

Conclusão

A experiência da Fundação Hemominas na consultoria e implantação de PACEs em municípios de Minas Gerais mostrou ser uma iniciativa bem-sucedida, estabelecendo um modelo eficaz de descentralização dos serviços de coleta de sangue. Esse relato pode servir como referência para outras instituições que buscam implementar soluções semelhantes em diferentes contextos regionais.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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