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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S10-S11 (Outubro 2023)
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POLIMORFISMOS GENÉTICOS E NÍVEIS DE FERRITINA EM PACIENTES COM ANEMIA FALCIFORME EM USO DE DEFERASIROX
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ACV Almeidaa, C Dinardob, MC Ozahataa, B Custerc, EC Sabinoa, S Kellyc
a Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
b Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
c Vitalant Research Institute, San Francisco, United States
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A anemia falciforme é um desafio de saúde pública devido à sua crescente prevalência. As transfusões de sangue são utilizadas para tratar a anemia e vasculopatia decorrentes dessa doença. As transfusões reduzem o risco de acidente vascular cerebral e melhoram a função dos órgãos. Um desafio das transfusões é a sobrecarga de ferro, que está associada a morbidade. Esses pacientes exibem particularidades no metabolismo e distribuição de ferro, e indicadores como a ferritina sérica e o ferro não ligado à transferrina estão relacionados ao número total de transfusões. A quelação de ferro é essencial para ospacientes dependentes de transfusões, e a adequada remoção do ferro tem conexão com a melhoria da qualidade de vida e expectativa de vida. O Deferasirox é uma opção de quelante via oral a ser utilizado. A ferritina, uma proteína amazenadora de ferro, é um marcador relevante para a sobrecarga de ferro. Ao iniciar o tratamento com quelante, os níveis de ferritina são monitorados para avaliar a eficácia na redução de ferro. Os polimorfismo UGT1A1 rs887829 TT (homozigoto mutado) e CYP1A2 rs762551 CC (homozigoto referência) foram descritos na literatura como preditores de menores níveis de ferritina em pacientes com uso de deferasirox. Desse modo a compreensão da farmacogenômica do deferasirox permite a seleção de doses mais eficazes e com menos efeitos colaterais, com base nas variações genéticas individuais. A Base de Conhecimento de Farmacogenômica (PharmGKB) é uma fonte aberta de informações sobre o impacto das variantes genéticas na resposta aos medicamentos.

Objetivo

Comparar a frequência de dois polimorfismos genéticos associados aos níveis de ferritina em pacientes com anemia falciforme em uso de Deferasirox entre a população do REDS-III e a população do TOPMED. Metodologia: cálculo da frequência alélica e genotípica com base no sequenciamento de genoma completo do projeto TOPMED, utilizando o teste qui-quadrado para verificar a significância das diferenças encontradas.

Resultados

Na população falciforme, o polimorfismo UGT1A1 rs887829 (n = 2635) apresentou frequência de homozigotos referência de 38,10% (n = 1004), heterozigotos de 47,89% (n = 1262) e homozigotos mutados de 14,00% (n = 369). No TopMed (n = 132345), a frequência foi de 42,09% (n = 55710) para homozigotos referência, 44,69% (n = 59156) para heterozigotos e 13,20%% (n = 17479) para homozigotos mutados. O valor do teste x2 é 16.93, e o valor de p < 0.01. Para o polimorfismo CYP1A2 rs762551, na população falciforme, a frequência de homozigotos referência foi de 13,16% (n = 347), heterozigotos de 44,47% (n = 1172) e homozigotos mutados de 42,35% (n = 1116). No TopMed (n = 132345), a frequência foi de 10,89% (n = 14419) para homozigotos referência, 43,10% (n = 57051) para heterozigotos e 45,99% (n = 60875) para homozigotos mutados.O valor do teste x2 é 20.87, e o valor de p < 0.01.

Discussão

O UGT1A1 rs887829, os homozigotos mutados (TT) tem maior prevalência na população falciforme (14,00%), em comparação com a do TopMed (13,20%). O CYP1A2 rs762551, os homozigotos referência (CC) foram mais comuns na população falciforme (13,16%), em comparação a do TopMed (10,89%).

Conclusão

Esses resultados indicam que a presença da anemia falciforme pode estar associada a uma distribuição diferencial dos polimorfismos genéticos, o que pode ter impacto nos níveis de ferritina em pacientes que fazem uso de deferasirox.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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