Compartilhar
Informação da revista
Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S267 (Outubro 2021)
Compartilhar
Compartilhar
Baixar PDF
Mais opções do artigo
Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S267 (Outubro 2021)
Open Access
POLARIZAÇÃO DE LINFÓCITOS T AO FENÓTIPO T HELPER/CITOTÓXICO 17 PARA USO EM TERAPIAS CELULARES AVANÇADAS
Visitas
1214
H Branda, LC Batistaa, DMC Fantacinia,b, SCG Limaa, DT Covasa, LEB Souzaa
a Centro de Terapia Celular (CTC), Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP), Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
b Núcleo de Biotecnologia, Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP), Instituto Butantan, São Paulo, SP, Brasil
Este item recebeu

Under a Creative Commons license
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 43. Núm S1
Mais dados
Introdução

O tratamento com linfócitos T expressando receptores quiméricos de antígeno (CAR) ou receptores de células T (TCR) artificiais tem resultado em taxas de remissão impressionantes para algumas neoplasias hematológicas. Porém, a eficácia clínica ainda é limitada ou inexistente para a vasta maioria das neoplasias. Portanto, é imperativo desenvolver estratégias para maximizar o potencial antineoplásico de células T geneticamente modificadas. Para isso, uma estratégia promissora é produzir células T com fenótipo T helper 17 ou T citotóxico 17 (TH17/TC17). Dentre os fenótipos inflamatórios, células TH17/TC17 possuem maior capacidade antitumoral, perfil de memória efetora e secretam IL-17, uma interleucina altamente inflamatória e pleiotrópica. Haja vista que a diferenciação em células TH17/TC17 é orquestrada pelo fator de transcrição RORγt, nossa hipótese foi a de que o uso de um agonista deste fator de transcrição poderia maximizar a diferenciação em células TH17/TC17.

Objetivo

Estabelecer um protocolo de polarização de linfócitos T para o fenótipo TH17/TC17.

Métodos

Células mononucleares do sangue periférico (PBMC) foram isoladas através do uso do gradiente de densidade Ficoll-Paque PLUS e ativadas com anticorpos anti-CD3/anti-CD28 na presença de um coquetel de interleucinas composto por interleucina-2 recombinante humana (rhIL-2), rhIL-6, rhIL-1β, rhIL-23, para indução em TH17/TC17. Além de anticorpos anti-hIL-4 e anti-hIFN-γ para bloquear a diferenciação em TH2 e em TH1, respectivamente. Para um grupo específico, adicionamos ao coquetel um agonista de RORγt já usado em ensaios clínicos. Após cultivo nestas condições, avaliamos a polarização em TH17/TC17 pela quantificação da transcrição dos genes RORC2 (codifica RORγt) e IL17A por PCR quantitativo em tempo real.

Resultados

O cultivo apenas com o coquetel de interleucinas/anticorpos induziu um aumento de 2,6 vezes na expressão de IL17A e de 1,44 vezes de ROR γt em relação às células não polarizadas. Isto demonstra que o coquetel utilizado induz a expressão dos genes-chave para diferenciação em células TH17/TC17. Notadamente, o uso do agonista de RORγt potencializou a diferenciação em TH17/TC17, aumentando em 15,78% a expressão de RORC2 e em 55,11% a expressão de IL17A (p < 0,05) em relação ao grupo tratado apenas com interleucinas/anticorpos.

Conclusão

Nossos resultados demonstram que a adição do agonista de RORγt ao coquetel de interleucinas/anticorpos potencializa a polarização de linfócitos T humanos para o fenótipo TH17/TC17. Este protocolo permitirá gerar células T-CAR ou T-TCR com fenótipo TH17/TC17, conhecidas por seu elevado potencial antitumoral e persistência in vivo. Com isso, esperamos aumentar a eficácia terapêutica de células T geneticamente modificadas e beneficiar pacientes até então refratários a esta terapia.

Financiamento

FAPESP (2013/08135-2, 2019/18702-8, 2019/18672-1, 2020/02043-2).

O texto completo está disponível em PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas